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Dados preliminares divulgados pela ABIFA – Associação Brasileira de Fundição dão conta que a produção brasileira de peças fundidas aumentou pelo terceiro ano seguido, totalizando 2,28 milhões de toneladas em 2019. O crescimento foi de 8,8% em relação a 2016, 6,5% sobre 2017 e de 0,8% em relação a 2018.
Mais uma vez, o ferro fundido liderou a produção do setor (1,84 milhão t), seguido do aço (259, 2 mil t) e dos metais não ferrosos (192 mil t). Comparativamente ao exercício anterior, o principal crescimento ficou por conta do aço (+6,6%), seguido do ferro fundido (+0,5%). Na vertente oposta, a produção de fundidos em metais não ferrosos caiu 3,7%. Veja a tabela 1.
Tab. 1 – Produção acumulada de fundidos (mil t/ano). | |||||||
| 2019 (A) | 2018 (B) | 2017 (C) | 2016 (D) | A/B (%) | A/C (%) | A/D (%) |
Ferro | 1.838 | 1.829 | 1.778 | 1.774 | 0,5 | 3,33 | 3,6 |
Aço | 259 | 243 | 187 | 164 | 6,6 | 38,9 | 57,9 |
Não ferrosos | 192 | 199 | 183 | 165 | (3,7) | 4,7 | 16,2 |
TOTAL | 2.289 | 2.272 | 2.148 | 2.103 | 0,8 | 6,5 | 8,8 |
*Os dados relativos ao alumínio estão inseridos em “não ferrosos”. |
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O mercado interno foi responsável pela alta da produção de fundidos em 2019, tendo registrado aumento de demanda de 1,6% sobre 2018. No total, 1,92 milhão de toneladas foram comercializadas no país.
Já as exportações caíram 3,6% em peso (364,1 mil t) e 4,1% em valor (728,1 MUS$). Os números detalhados estão na tabela 2.
Tab. 2 – Perfil do mercado consumidor de fundidos no Brasil nos últimos dois anos. | |||||||
Mercado interno | |||||||
2019 (t) | 2018 (t) | Variação (2019/2018) | |||||
1.924.813 | 1.894.018 | +1,6% | |||||
Exportações (15,1% da produção total) | |||||||
2019 | 2018 | Variação (2019/2018) | |||||
Peso (t) | Valor (MUS$) | Peso (t) | Valor (MUS$) | Peso (t) | Valor (MUS$) | ||
364.076 | 728.080,4 | 377.548 | 759.598,6 | (3,6%) | (4,1%) | ||
Para atender à demanda de peças fundidas em 2019, o setor empregou 55.002 profissionais. Com isso, em dezembro a sua produtividade alcançou 40,9 t/h.a.
Segundo ranking da revista Modern Casting (data-base dezembro de 2018), o Brasil passou da 10ª para a 9ª posição entre os produtores mundiais de fundidos, atrás da China, Índia, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Rússia, México e Coreia (tabela 3).
Tab. 3 – Produção mundial de fundidos segundo ranking da revista Modern Casting, ano base 2018. | ||
Colocação/país | Produção em 2018 (milhões t) | Nº de fundições |
| 49,35 | 26.000 |
| 13,39 | 4.600 |
| 10,76 | 1.935 |
| 5,76 | 1.769 |
| 5,43 | 527 |
| 4,20 | 1.140 |
| 2,91 | 800 |
| 2,57 | 889 |
| 2,28 | 1.024 |
| 2,26 | 1.044 |
Tendo em vista os principais índices da economia e as projeções dos principais mercados consumidores de fundidos no país, Afonso Gonzaga, presidente da ABIFA, acredita que o setor tem condições de crescer entre 5,5% e 6% este ano, com a manutenção da capacidade instalada em 4 milhões de toneladas anuais.
A projeção da entidade é que a demanda do setor aumentará gradativamente, atingindo 3,2 milhões de toneladas em 2023. Para isso, Gonzaga confia no desdobramos da Reforma Previdenciária e Trabalhista brasileira, além da implementação da Reforma Tributária, que, juntas, proporcionarão maior competitividade ao empresariado brasileiro, paralelamente à facilitação da oferta de crédito para investimentos.
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