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Os R$ 6 bilhões que o Brasil vai investir em BRT (Bus Rapid Transport) até 2013 já começam a movimentar o mercado de ônibus do país. A Scania, uma das maiores produtoras do setor, anuncia hoje a criação de uma divisão para esse tipo de veículo.
A divisão será comandada por Claudio de Senna Frederico, ex-secretário de Transportes do Estado de São Paulo. Ela também vai cuidar da área de veículos movidos a combustíveis mais limpos, principalmente o etanol, que já são exportados pela empresa para países como a Suécia, mas não têm mercado no Brasil.
O aumento do número de encomendas vai ocorrer porque 9 das 12 cidades-sede da Copa escolheram os BRTs como projeto de mobilidade urbana para o evento. O Brasil já tem várias cidades com sistemas semelhantes ao BRT, entre elas São Paulo e Curitiba, a primeira a realizar esse tipo de projeto no mundo.
Mas em nenhum lugar do país o sistema funciona de forma completa: segregação da via para ônibus articulado, pagamento da passagem antecipada, entrada de passageiros em estações, controle informatizado do corredor e informação em tempo real ao passageiro.
Hoje as empresas do setor apresentam a representantes das três esferas do governo um plano para a implantação de BRTs nas 27 capitais e mais 20 cidades com mais de 500 mil habitantes. As empresas querem aproveitar o impacto dos projetos da Copa para que até o fim da década o sistema esteja implantado em mais 38 cidades.
O argumento dos transportadores é que os BRTs têm custo de implantação equivalente a um décimo do de um metrô e pode ser feito em menos tempo. Eles defendem que poucos corredores em algumas cidades grandes do Brasil teriam passageiros suficientes para que o metrô operasse e pagasse seus custos de implantação sem dar prejuízo.
Algumas linhas de BRT têm capacidade para transportar até 45 mil passageiros/hora, metade do máximo de uma linha de metrô, que raramente opera nesse nível.
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