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Em 2017, o Brasil gerou mais de 78 milhões de toneladas, de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos. Segundo estimativa inédita da ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais esse volume tem potencial de geração de 14.500 GWh/ano de energia elétrica por processos de tratamento térmico. Esse potencial representa cerca de 3% do consumo nacional, ou o suficiente para abastecer todo o estado de Pernambuco ou os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas juntos.
Considerando ainda a necessidade de avanços no sistema de destinação de resíduos por parte dos municípios, além dos processos de tratamento térmico, o Brasil ainda comporta processos de tratamento biológico, pelos quais há um potencial adicional de geração de energia elétrica de 1.400 GWh/ano.
“Além de contribuir para o incremento da demanda energética, a geração de energia a partir dos resíduos sólidos também beneficia todo o sistema de destinação de lixo no país que é ainda bastante deficitário e que, conforme as determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos, deve observar uma ordem de prioridade de ações”, ressalta Carlos Silva Filho, diretor presidente da ABRELPE.
De acordo com os dados do Panorama, no último ano foram enviados para locais inadequados 30 milhões de toneladas de materiais com potencial de recuperação, que acabaram inutilizados e poluirão o meio ambiente por centenas de anos. Além disso, os quase 3 mil lixões em operação no País prejudicam a vida de mais de 75 milhões de brasileiros, gerando um custo ambiental e gastos com saúde da ordem de R$ 30 bilhões nos próximos 5 anos.
“Nossa estimativa é que o custo para universalizar a destinação adequada de resíduos sólidos urbanos no Brasil seja de R$ 7,6 bi até 2023”, avalia o diretor presidente da ABRELPE.
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“A recuperação dos resíduos desperdiçados nos lixões e aterros controlados tem potencial para movimentar mais de R$ 3 bilhões por ano e gerar empregos para milhares de pessoas, basta que as disposições da Política Nacional de Resíduos Sólidos sejam colocadas em prática, fazendo a transição do atual sistema linear de gestão de resíduos para um modelo de economia circular, com pleno aproveitamento dos materiais e recursos, e ganhos para todos”, observa Carlos Silva Filho.
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