A Triumph já produz três motocicletas em Manaus. A fabricante de origem inglesa investiu R$ 19 milhões no Brasil, utilizados para montar motos na capital do Amazonas, para abertura de um escritório e um centro de treinamento em São Paulo e também para estocagem de componentes em Louveira (SP), feita pela Ceva Logistics, parceira da fabricante de motos.
O local utilizado na Zona Franca está em um condomínio industrial e começou a montagem dos modelos Bonneville T100, Speed Triple e Tiger 800XC. “A decisão de montarmos nossas motocicletas no Brasil foi tomada há dois anos”, revelou o diretor mundial de vendas e marketing da Triumph, o escocês Paul Stroud.
A empresa pretende produzir 2 mil unidades em 2013. No dia 10 de novembro abre-se a primeira revenda concedida pela própria Triumph, em São Paulo. Em janeiro ocorre a inauguração de duas outras revendas, uma em Ribeirão Preto (SP) e outra em Porto Alegre (RS). Até 2014, a intenção é ter 12 revendas abertas.
Em 2013, a empresa montará também no Brasil a Street Triple e a Daytona 675, ainda sem preços definidos. Além das motocicletas nacionalizadas, a Triumph venderá em sua rede os modelos Thunderbird Storm, Tiger Explorer e Rocket III Roadster.
A Triumph participará de um segmento próspero no Brasil, o de motocicletas com cilindrada acima de 500 cc, que cresceu 13% no acumulado até setembro, enquanto o mercado como um todo caiu 13% no mesmo período. A Triumph com menor cilindrada é a Daytona, com motor de três cilindros e 675 cc.
A Triumph tem duas fábricas em Hinckley, na Inglaterra, e três em Chonburi, na Tailândia. “Cada modelo só é feito numa fábrica, não há uma mesma moto em produção em dois países”, explica o gerente-geral da subsidiária brasileira, Marcelo Silva. A Tiger 800XC brasileira utiliza componentes ingleses; a Bonneville T100 e a Speed Triple nacionalizadas empregam itens provenientes da Tailândia.
O Grupo Izzo, que importou oficialmente as motos Triumph entre 2006 e 2010, vendeu cerca de 1,5 mil unidades (a maior parte da esportiva Daytona 675). “Estamos preparados para atender essas motos. A concessionária a ser inaugurada neste dia 10 tem uma estrutura maior que a necessária à abertura de uma revenda justamente para receber essas motocicletas”, assegura o gerente-geral da subsidiária brasileira.
Como ocorre no Brasil com outras motocicletas de baixo volume de vendas, o índice de nacionalização exigido pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) é pequeno: “Nas unidades em produção, utilizamos coroa, pinhão e manoplas nacionais”, cita o gerente-geral da subsidiária do Brasil, Marcelo Silva.
Para instalar-se na região, os fabricantes têm de cumprir um conjunto de regras chamado Processo Produtivo Básico (PPB), que exige maior número de componentes nacionais e operações fabris locais à medida que aumenta o volume produzido.
Por Mário Curcio/ Automotive Business