A Autodesk. Inc., líder mundial em software 3D para design, engenharia e entretenimento, deve investir em mercados emergentes nos próximos três anos. Brasil é um dos focos da empresa, afinal é o maior mercado da América Latina atualmente. A empresa prefere não divulgar os valores do investimento.
Segundo o diretor da Autodesk para a América Latina, Martin Moreno, prova desse novo foco da empresa é que os primeiros países a sediarem o maior evento da empresa, o Autodesk University (AU), fora dos Estados Unidos, foram China e Brasil. “Este ano, Rússia Japão e Alemanha também receberam o AU, que já acontece há 20 anos nos Estados Unidos. Hoje as maiores oportunidades para a Autodesk na América Latina estão primeiramente no Brasil e, depois, no México", avalia Moreno.
Inclusive pela primeira vez uma empresa brasileira estampa uma capa da Autodesk. O estádio Mané Garrincha, em Brasília, é capa do AutoCAD 2013. O escritório de arquitetura responsável pela obra utilizou o software para cálculos de eficiência energética para construir um estádio mais sustentável. Além disso, a geometria 3D é exportada para uma ferramenta virtual de nuvem, o Autodesk Green Building Studio.
Atualmente, 17% da receita global da Autodesk vêm dos mercados emergentes e destes, 20% são procedentes da América Latina. Além disso, 37% da venda de licenças são desses mercados. Até 2020, a expectativa é que a receita desses mercados represente 30% e as licenças, 50%.
Para o vice-presidente sênior de mercados emergentes, vendas e serviços da Autodesk, Patrick Williams, o setor de infraestrutura dos mercados emergentes é uma grande oportunidade para a Autodesk, desde a base da manufatura até o ambiente de design. "Há cinco anos não víamos essa tecnologia. Para se ter uma ideia de como esses mercados estão mudando, dos 16 prédios mais altos do mundo que serão construídos até 2020, 16 são de países emergentes. Nossa tecnologia apoia a transformação urbana que está acontecendo nestes locais", afirma.
Tecnologia
O vice-presidente sênior mundial da Autodesk, Steve Blum aponta as três principais tendências das tecnologias da empresa: a manufatura digital, a inteligência ambiente e a computacao infinita. “Estamos testando a impressão 3D inclusive em gravidade zero, porque assim, astronautas poderiam fabricar sobressalentes no espaço”, diz. Blum também citou o uso da impressão 3D na biologia, medicina e fabricação em nanoescala.
"A computação infinita, com o sistema de nuvem, torna mais acessível e mais barato o acesso aos usuários. Também estamos focando no social, queremos que os usuários acessem nossos produtos a qualquer hora, em qualquer lugar em seus tablets e smartphones. É uma onda de democratização da tecnologia", argumenta Blum.
30 anos da Autodesk Brasil
A vice-presidente de produtos AutoCad, Amy Bunszel, ressalta que a Autodesk completa 30 anos no Brasil e que em 1982, a empresa tinha um programa de software e 16 funcionários. “Hoje, 7% dos clientes do aplicativo WS são brasileiros. O português é o nosso terceiro idioma, atrás apenas do inglês e do espanhol”, afirma Bunszel.
Atualmente, a Autodesk. Inc. conta com 7500 funcionários em todo o mundo, 12 milhões de clientes e no próximo mês chegará a 90 milhões de softwares vendidos.