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Imagens: Divulgação
A Renault-Nissan fechou uma parceria com a Prefeitura de São Paulo para tratar da viabilidade do lançamento do carro elétrico Nissan Leaf no município.
O modelo, que será produzido inicialmente no Japão, deve ser lançado mundialmente no final deste ano. A expectativa é que o veículo tenha escala comercial até 2012. O Leaf é projetado para ter autonomia de 160 quilômetros, e o custo da recarga da bateria não ultrapassa US$ 3, de acordo com a empresa.
Segundo o presidente do grupo Renaul-Nissan, Carlos Ghosn, foram investidos 4 bilhões de euros no desenvolvimento dos carros com emissão zero de poluentes. "O carro elétrico se insere em um contexto em que há crescente preocupação em relação à dependência do petróleo como fonte de energia para transporte", disse.
Para Ghosn, porém, a comercialização em massa do veículo depende de incentivos governamentais. "É necessária a ajuda dos governos no início, para que o carro elétrico possa competir nas mesmas condições que os veículos movidos a combustão", afirmou. Ele citou os casos dos Estados Unidos, em que o consumidor recebe créditos de imposto para a comprar de veículos elétricos, e do Japão, cujo governo oferece descontos em pedágios e estacionamentos.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que pretende começar ainda neste ano a substituição da frota da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) por veículos movidos a eletricidade. "Já fica a primeira encomenda para que possamos começar a substituir a frota da CET ainda neste ano", disse. A concessão de outros incentivos, porém, ainda não está definida e dependerá das conclusões do grupo de trabalho que foi instaurado.
"Queremos implantar uma frota pública e privada como meio de combater a poluição na cidade de São Paulo, que é uma das prioridades do governo", disse Kassab. Segundo ele, circulam em São Paulo 6,3 milhões de carros. Segundo a Prefeitura, São Paulo é a primeira cidade da América do Sul a firmar um acordo dessa natureza.
Nos EUA, o Leaf será vendido por US$ 25.280. Questionado sobre o preço que seria praticado no Brasil, Ghosn disse que dependerá das condições de mercado. 'Mas tem que ser uma equação econômica favorável. Não queremos que o consumidor pague uma barbaridade pelo produto.'
Para ele, o carro elétrico também é importante do ponto-de-vista do fortalecimento da marca. No Brasil, a Renaul-Nissan têm, juntas, participação de 6% no mercado. A empresa pretende que esse percentual passe para 10%.
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