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Foto: Divulgação
Pesquisa em Nova York, Xangai e Paris mostra que estes veículos podem representar 15% da frota em 2015, enquanto que União Européia se prepara para lançar programa para incentivar um crescimento nas vendas já em fevereiro
Com diversos modelos de carros híbridos ou somente movido a eletricidade, o tradicional Salão do Automóvel de Detroit deste ano já deu amostras de um futuro que busca se afastar cada vez mais do motor de combustão interna.
Os avanços na tecnologia das baterias, autonomia e potência de um lado e a escalada nos preços da gasolina por outro têm feito com que o número de opções de carros elétricos aumente a cada ano, em um movimento acompanhado pelo gosto crescente do público por eles.
E a presença nas ruas de megacidades destes veículos deve aumentar mais cedo do que se imagina. Um relatório independente divulgado neste mês pela McKinsey & Co. mostra que eles podem representar mais de 15% da frota nas cidades de Nova York, Xangai e Paris em 2015.
A consultoria analisou o comportamento dos consumidores nestas três cidades e chegou à conclusão que os primeiros compradores de carros elétricos estão dispostos a enfrentar alguns inconvenientes para ajudar o meio ambiente, como a falta de uma infra-estrutura de abastecimento adequada. As cidades foram escolhidas por serem muito poluídas, com grandes populações e trechos curtos a serem percorridos que pudessem suportar os limites de autonomia dos veículos elétricos.
Nova York foi a cidade que se mostrou mais promissora, com uma demanda de 16% por tais veículos em 2015. Paris apareceu com uma demanda de 9% e Xangai, 5%.
A pesquisa mostrou que os nova-iorquinos comprariam os carros independente de qualquer incentivo governamental. Tais subsídios não criariam o mercado, mas ajudariam a impulsionar um já existente. O mesmo não acorre em Xangai, onde um apoio financeiro ajudaria a aumentar consideravelmente a adoção do carro, já que este é considerado um mercado emergente.
Projeto europeu
Um grande empurrão ao setor deve vir da União Européia. O primeiro-ministro da Espanha, Jose Luis Rodriguez Zapatero, disse na última semana que o bloco irá lançar um grande projeto para apoiar o crescimento das vendas de carros elétricos. A Espanha acaba de assumir a presidência rotativa da UE, a qual comandará pelos próximos seis meses.
“Se nosso mercado não tem um quadro regulatório que forneça apoio financeiro, e se não temos padrões em comum para as tecnologias, será difícil para a Europa assumir um papel de liderança”, afirmou Zapatero.
O projeto deve ser lançado durante a reunião de ministros da indústria que será realizada no dia 8 de fevereiro em San Sebastian, na Espanha.
E não é só daí que vem as boas notícias para o setor. Na Rússia, recentemente o primeiro-ministro Vladimir Putin decidiu apoiar os planos do homem mais rico do país, Mikhail Prokhorov, de começar a produção em massa do veículo.
Prokhorov é um empresário que conseguiu os ativos mais lucrativos pouco antes da crise econômica e que agora está sentado em uma pilha de dinheiro esperando para investir, preferencialmente em tecnologia.
Segundo a Reuters, o carro planejado por Prokhorov seria um Golf sedan que custaria cerca de 8,8 mil euros e seria movido exclusivamente por eletricidade. A maior parte dos veículos sendo comercializados hoje são modelos híbridos, ou seja, que possuem um motor a combustão que é ativado quando acaba a autonomia da bateria.
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