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O último mês do ano para indústria, geralmente, é marcado pela redução na produção e no contingente de trabalhadores empregados no setor. Entretanto, em 2023, essa desaceleração aconteceu de forma mais branda que o normal, segundo a Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O índice de evolução da produção industrial atingiu 42,2 pontos em dezembro de 2023. Abaixo da linha dos 50 pontos, o indicador representa uma redução no nível de produção em relação ao registrado em novembro de 2023. Apesar disso, o indicador está 0,4 pontos acima da média dos meses de dezembro da série histórica, de 41,8 pontos.
Já o indicador de evolução do número de empregados na indústria atingiu 47,9 pontos em dezembro de 2023, mas também segue acima da média história, de 46,8 pontos.
Embora a retração da produção e do emprego tenham sido mais fracas na comparação com o histórico dos indicadores, o nível de estoques passou a situar-se no patamar planejado pelas empresas em dezembro de 2023.
O indicador de evolução do nível de estoques atingiu 47,9 pontos em dezembro de 2023, o menor valor atingido pela série desde dezembro de 2020, e mostra que a queda dos estoques foi significativa e disseminada entre as empresas.
O indicador de estoque efetivo em relação ao usual recuou 0,7 pontos e registrou 49,9 pontos. Essa é a primeira vez em 18 meses que o indicador não registra excesso indesejado de estoques.
No último trimestre do ano, os empresários mostraram menor insatisfação com lucro, menos dificuldade de acesso ao crédito e percebem altas mais moderadas de preços. Além disso, a percepção a respeito da situação financeira como um todo é positiva.
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O índice de satisfação com a situação financeira atingiu 51,1 pontos no último trimestre de 2023, após avançar 0,8 ponto em relação ao terceiro trimestre do ano. Embora próximo da linha divisória, o indicador se manteve em campo positivo ao longo da maior parte de 2023 – com exceção do primeiro trimestre do ano – e, no último trimestre, se posicionou 2 pontos acima da média histórica dos quartos trimestres da série, de 49,1 pontos.
Quanto às expectativas, em janeiro de 2024 houve intensificação do otimismo, com avanço de todos os indicadores. O otimismo é esperado para o período, porém, em 2024, se mostra de forma mais intensa e disseminada que o usual.
O indicador de expectativa de demanda avançou 3,6 pontos em janeiro de 2024 frente ao resultado de dezembro de 2023 e marcou 55,6 pontos.
Enquanto isso, o índice de expectativa de compra de matérias-primas atingiu 54,4 pontos e o indicador de expectativa sobre quantidades exportadas avançou 2,9 pontos em relação ao resultado de dezembro de 2023, atingindo 53,8 pontos em janeiro de 2024.
Com os avanços, ambos os indicadores se posicionam 1 ponto acima das médias dos meses de janeiro de cada uma das séries.
Valores acima de 50 pontos indicam expectativa de crescimento. Valores abaixo de 50 pontos indicam expectativa de queda. Quanto mais distante dos 50 pontos, maior e mais disseminada é a variação esperada.
Quais foram os principais problemas enfrentados pela indústria?
Os principais problemas elencados pelos empresários industriais se mantiveram os mesmos entre o terceiro e o quarto trimestre do ano: elevada carga tributária, demanda interna insuficiente e taxas de juros elevadas. Embora permaneçam os mesmos, as questões sobre demanda interna insuficiente e taxas de juros elevadas apresentaram menos assinalações pelo segundo trimestre consecutivo.
*Imagem de capa: Depositphotos
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