Em 2021, apesar das rupturas provocadas pela pandemia no setor industrial, a China conseguiu preservar sua posição de líder no ranking das maiores indústrias de transformação, atingindo sua maior participação já registrada, de 30,5% do valor adicionado do setor (MVA), mostrou o Anuário Internacional das Estatísticas Industriais da UNIDO (United Nations Industrial Development Organization).
Completaram os cinco primeiros lugares do ranking EUA (16,8%), Japão (7,0%), Alemanha (4,8%) e Índia (3,2%) - cujo desempenho foi avaliado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) como resultado de um esforço do governo indiano em fortalecer suas competências industriais.
Por outro lado, o Brasil vem sistematicamente sendo rebaixado no ranking da indústria global. Entre 2020 e 2021, a participação brasileira no MVA mundial recuou de 1,31% para 1,28%. Em 2005, o país ocupava a posição de 9ª maior indústria de transformação do mundo; em 2020, caiu para 14ª e, em 2021, para a 15ª.
Como superar? A reversão deste quadro vai precisar, segundo defende o IEDI, de ações sistêmicas que melhorem o ambiente de negócios no país, a começar por uma reforma tributária que nos aproxime do padrão mundial de impostos sobre valor adicionado (IVA) e por uma maior integração ao comércio internacional.
Ao assumir o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, pasta recriada pela nova gestão federa, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, sinalizou esforço para a reforma, ao admitir que o sucesso do setor produtivo brasileiro exige a simplificação das regras do sistema tributário de forma a favorecer a competitividade nacional.
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E também conforme o IEDI, devem complementar os esforços de mudança nas regras tributárias medidas direcionadas às tendências da digitalização, sustentabilidade e resiliência, que constituem eixos de modernização e de alavancagem da produtividade industrial.
Imagem de capa: Depositphotos
