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Recentemente, a Coreia do Sul lançou a primeira missão lunar para estudar a superfície da Lua e ajudar a planejar futuras missões aos polos do satélite. A sonda, batizada de Korean Pathfinder Lunar Orbiter (KPLO), também é conhecida como “Danuri” e deve ficar um ano em órbita da Lua.
De acordo com a publicação da Agência Espacial Sul-Coreana (KARI), o foguete Falcon 9, da SpaceX, carregando a sonda decolou às 20h08 (horário de Brasília), no dia 04 de agosto, a partir do complexo espacial de lançamento número 40 (SLC-40) em Cabo Canaveral, nos EUA.
O KPLO transportará um total de 6 cargas úteis: 5 delas foram desenvolvidas por universidades e institutos de pesquisa sul-coreanos, incluindo a agência espacial sul-coreana (KARI), e a restante foi enviada pela NASA. O orbitador é composto por um corpo principal com 1,82 metro de largura, 2,14 metros de comprimento e 2,29 metros de altura.
Em março de 2021, a Nasa selecionou nove cientistas para se juntar à equipe científica da KPLO para ajudar a melhorar a produção da missão. Durante a missão, será testada uma internet interplanetária, que pode ser resistente a interrupções nas comunicações.
A Nasa deve oferecer assistência técnica em design de missão, comunicações no espaço profundo e tecnologias de navegação. Além disso, em maio deste ano a Coreia do Sul assinou os acordos da missão Artemis, que a Nasa intitula como “um conjunto prático de princípios para orientar a cooperação entre as nações que participam dos planos de exploração lunar do século 21 da agência espacial norte-americana”.
Assim, os países podem compartilhar dados científicos e continuar cooperando em futuras missões.
Segundo a Nasa, a comunicação é realizada via banda S (telemetria e comando) e banda X (downlink de dados de carga útil).
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Já a energia é fornecida por meio de painéis solares e baterias recarregáveis. A espaçonave, que pesa 550 quilos, tem uma forma cúbica com duas asas de painéis solares e uma antena montada em uma lança.
Os experimentos que contemplam a missão são: um Lunar Terrain Imager (Luti), uma câmera polarimétrica grande angular (PolCam), um magnetômetro (KMAG), um espectrômetro de raios gama (KGRS) e uma câmera de alta sensibilidade desenvolvida pela Nasa (ShadowCam). Além disso, a massa total da carga científica é de cerca de 40 quilos.
Segunda a agência, "estima-se que a exploração lunar criará cerca de KRW 3,8 trilhões (mais de R$ 1,5 bilhão) de valor econômico tangível/intangível, que será 5 vezes mais valioso do que os recursos investidos”. A ShadowCam da NASA realizará o mapeamento de refletividade de regiões permanentemente sombreadas na superfície da Lua para encontrar evidências de água. A expectativa é que a KPLO entre em órbita Lunar em meados de dezembro.
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