3 ações práticas de diversidade e inclusão para empresas

Objetivo é apoiar companhias interessadas em promover um ambiente mais pluralizado e acolhedor a partir das orientações de Priscila Cardoso, gerente de ESG da companhia de tecnologia Certsys.

Para as empresas interessadas em estabelecer ações de diversidade, equidade, inclusão e pertencimento ainda no primeiro semestre de 2022, Priscila Cardoso, gerente de ESG da Certsys, companhia de TI especialista em inovação e transformação digital, compartilha três iniciativas para colocar em prática no dia a dia da operação.

A executiva ainda ressalta sobre a importância de evoluir programas de diversidade, equidade, inclusão e pertencimento de acordo com o avanço do tema dentro da companhia.

“É um trabalho que precisa ter viés estratégico adicionado com conscientização social. Assim como em qualquer área é necessário dedicar investimentos, estar na estratégia da empresa, criar OKR (Objetivo e resultados chaves) focados em DIEP (Diversidade, Inclusão, Equidade e Pertencimento), monitorar os indicadores de performance, trazer as práticas ESG para a discussão com toda a empresa e instaurar metas ligadas à contratação de grupos sub-representados”.

Priscila ainda completa que “se faltar conhecimento sobre as temáticas, deve-se contratar consultorias especializadas. Além do principal: incluir as pessoas e oferecer condições de trabalho justas e oportunidade de crescimento na carreira”.

Para se ter uma ideia, dados de uma pesquisa realizada pelo BCG (Boston Consulting Group) aponta que 29% dos brasileiros ouvidos acreditam que as empresas ainda não fazem o suficiente pela diversidade e inclusão. Com o objetivo da apoiar as corporações e contribuir para mudar os dados mencionados acima, a especialista indica as seguintes ações:

1. Estruturar um comitê de diversidade

Antes de iniciar a jornada de contratação de diversidades é importante realizar mudanças culturais, para que haja um campo fértil para inclusão, equidade e pertencimento na empresa. Para isso, a primeira tática é montar um grupo voltado para discutir ações e acompanhar os andamentos em torno da pauta. Preferencialmente, o grupo deve ser comandado por uma liderança executiva influente na empresa, com forte voz para o engajamento coletivo.


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A missão do comitê é desenvolver um papel gerencial sempre de olho no atingimento das metas a partir das medidas implementadas em prol da diversidade, equidade, inclusão e pertencimento. “Não adianta convidar para a festa, chamar para dançar e não dar condições para que todas as pessoas consigam aproveitar e se sentirem pertencentes ao grupo”, comenta Priscila.

2. Criar programas de conhecimento horizontal

Desenvolva jornadas internas de aprendizados para todas as pessoas de todos os níveis hierárquicos, sem nenhum tipo de verticalização. “É importante que todas as pessoas tenham um mínimo de consciência sobre seus vieses inconscientes, e de seus privilégios e desprivilégios”, conta a executiva.

Promova palestras com especialistas que problematizem e tragam de forma profunda os debates em torno das pautas de DIEP. Crie uma cartilha ou várias cartilhas de Diversidade, para que todas as pessoas saibam como a empresa se posiciona sobre as questões de diversidades. É importante incluir na cartilha as pautas de gerações, mulheres, LGBTQIAP+, questões raciais, pessoas com deficiência, questões culturais e religião.

Leve conhecimento a partir de conteúdos de entretenimento como filmes, séries, livros, atividade de imersão e rodas de conversas. Traga experiências e relatos pessoais de quem possui lugar de fala para criar cada vez mais uma conexão empática entre as pessoas da empresa.

3. Formalizar parcerias com consultorias e projetos de empregabilidade

Na maioria das vezes, colocar em prática ações de diversidade, equidade, inclusão e pertencimento exige conhecimento profundo, principalmente, empírico. Nada melhor do que buscar apoio em consultorias, entidades, associações e/ou projetos sociais que apoiem na conscientização interna, empregabilidade e desenvolvimento de hard skills e soft skills para pessoas de grupos sub-representados.

A CKZ Diversidade pode auxiliar na conscientização e em projetos estratégicos de Diversidade e Inclusão na empresa. A TransEmpregos é outra organização focada na contratação de pessoas Trans e a CEJA Brasil pode auxiliar na admissão de jovens aprendizes e pessoas com deficiência. Existem outras inúmeras iniciativas que apoiam todos os grupos sub-representados. Pense sempre que é importante buscar parcerias que tem como meta o compromisso com a diversidade, equidade, inclusão e pertencimento de pessoas em situação de vulnerabilidade.

"Levo em consideração dicas que as empresas podem estruturar num primeiro momento a partir do apoio da área de Gente e Gestão e da contribuição proativa das pessoas interessadas em construir um ambiente de trabalho mais equitativo, inclusivo, e pluralizado, principalmente na área de TI que faz parte da minha jornada profissional”, explica Priscila Cardoso, que vem liderando ações de DIEP na Certsys há dois anos.