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A balança comercial de autopeças terminou 2019 com déficit de US$ 4,3 bilhões, o menor valor desde 2010. Na comparação com 2018 o valor anotou queda de 24%. Em 2019 as importações caíram 16,7%, para US$ 11,3 bilhões. As exportações também recuaram, mas em 11,4%, para US$ 7 bilhões.
A redução do déficit se explica em grande parte pela menor importação de componentes que seriam utilizados em veículos para exportação, cujo volume caiu 39,1% ano passado. Os números foram divulgados pelo Sindipeças, entidade que reúne fabricantes do setor.
Na comparação com 2018, a queda dos embarques de autopeças se acentuou a partir de agosto por causa do agravamento da situação econômica na Argentina e da maior volatilidade cambial. Como consequência, o país vizinho caiu para o segundo lugar entre os principais destinos das autopeças brasileiras, perdendo o posto para os Estados Unidos.
As exportações para a Argentina recuaram quase 30% em 2019, mas ainda representam mais de 20% das vendas externas. O Sindipeças chama a atenção para o enfraquecimento do comércio internacional de autopeças promovido pelo Brasil com outras nações. Na análise dos 20 principais destinos dos componentes nacionais, só as vendas para Holanda, Colômbia e Peru cresceram na comparação com 2018.
No caminho oposto a China permanece como maior provedor de componentes. Forneceu US$ 1,68 bilhão de autopeças ao Brasil em 2019. O valor corresponde a quase 15% do total adquirido pelo Brasil no ano passado.
A Alemanha manteve a segunda colocação ao fornecer US$ 1,47 bilhão em componentes. Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e México, nesta ordem, preenchem a lista dos maiores fornecedores da terceira à sexta colocações.
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