Construção Civil abre 31 mil vagas, ‘mas ainda é preciso avançar’

A indústria da construção gerou 13.136 novas vagas com carteira assinada em junho deste ano em todo o país, melhor resultado para o mês desde 2011. Já nos últimos 12 meses (julho /2018 a junho/2019) foram criados 31.069 empregos formais no setor. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (25/07) pelo Ministério da Economia.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, o número expressivo de contratações é um alento, mas ele acredita que o setor pode e precisa avançar mais.

“Acreditamos que este crescimento de 31 mil vagas em 12 meses ainda é muito pouco para um setor que precisa crescer 70% para recuperar o tamanho que tinha há cinco anos”, diz, ao lembrar que a construção civil empregava 3,4 milhões pessoas em 2014 e hoje conta com 2 milhões de trabalhadores.

“Esta retomada de criação de postos de trabalho deverá ser acelerada a partir da aprovação em segundo turno da Reforma da Previdência”, avalia.

Construção Civil apresenta terceiro maior saldo em junho

O saldo de 13.136 vagas com carteira assinada é decorrente de 116.381 admissões e 103.245 desligamentos observados no setor no sexto mês do ano. Desta forma, o número de trabalhadores com carteira assinada no segmento passou de 2,020 milhões em maio/2019 para 2,033 milhões em junho/2019 (série com ajustes).

A Construção Civil apresentou o terceiro maior saldo do mês de junho/2019, ficando atrás do setor de serviços (23.020 vagas) e da agropecuária (22.702 vagas).

No primeiro semestre deste ano, o mercado de trabalho formal do setor também registrou resultados positivos: 57.644 novos postos de trabalho.  Nesse período, a região Sudeste foi o principal destaque, com a criação de 34.646 empregos, sendo o estado de Minas Gerais o maior gerador de vagas: 14.364. Em segundo lugar aparece São Paulo, com 14.332 vagas.


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A Região Norte foi a única que apresentou resultados negativos no emprego formal na Construção no primeiro semestre: -3.171 novos postos. Já nos últimos 12 meses (julho/2018-junho/2019) foram criados 31.069 empregos no setor.

Para a economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos, mesmo ainda registrando dificuldades para recuperar as suas atividades, o setor apresenta números positivos em seu mercado de trabalho formal e continua contribuindo para gerar renda na economia nacional.

“Os dados de junho podem sinalizar uma tendência de melhora para o segundo semestre do ano, o que é muito relevante, especialmente considerando o crescimento modesto da economia e a contribuição da Construção Civil para fortalecer o desenvolvimento do País”, diz.


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