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A alemã ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS) pretende ainda este ano assumir o controle do Estaleiro Oceana, na cidade catarinense de Itajaí, visto que conforme edital da licitação ganha pela empresa junto a Marinha do Brasil, a construção das Corvetas começará em 2020.
São grandes as possibilidades do formato escolhido ser o de arrendamento por no mínimo oito anos do Oceana, que pertence ao grupo CBO, e a proposta, com valores mantidos em sigilo, será encaminhada em breve à direção da CBO.
Um outro formato de compra pura e simples do estaleiro é pouco provável, devido ao atual momento de indefinições da ThyssenKrupp em relação a construção de navios militares de superfície.
O contrato conquistado pela ThyssenKrupp é considerado peça chave nos interesses comerciais da indústria naval alemã, já que é bem provável que a Marinha do Brasil encomende um novo lote de navios de superfície, que seriam maiores que as tamandaré.
Outro ponto que favorece a aquisição do Estaleiro Oceana, é o fato da empresa alemã enxergar, em sua futura base de Itajaí, um ponto de apoio perfeito para investidas comerciais e possíveis contratos junto às marinhas da Argentina, África do Sul e Chile.
O Estaleiro Oceana
O Grupo CBO, controlador do estaleiro, é uma empresa de navegação com foco na construção e na operação de embarcações de apoio offshore de médio porte, além de embarcações de inspeção e construção submarina.
Localizado em um terreno de 310.000 m2, na cidade de Itajaí, o Oceana emprega modernos processos construtivos e possui algumas instalações tecnologicamente avançadas, que, atualmente, o habilitam a construir até seis navios por ano, mas será a primeira experiência de grande porte em navios militares.
O arredamento do Estaleiro Oceana foi decidido pela ThyssenKrupp depois da conclusão de que será necessário utilizar toda a capacidade produtiva para a construção das Tamandarés.
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Vantagens do arrendamento
Com o controle do Estaleiro Oceana, em Itajaí, a Thyssenkrupp teria muito mais facilidades para importar o maquinário e aparelhagem que navios deste tipo e porte requerem.
A ideia da Thyssenkrupp é ter o mínimo de problemas possíveis com a Marinha do Brasil quando for escolher os equipamentos a serem instalados nas embarcações.
O contrato entre a Marinha do Brasil e a Thyssenkrupp está agendado para o dia 13 de dezembro, data em que festeja o Dia do Marinheiro e a entrega dos navios classe Tamandaré está prevista para o período de 2024 a 2028.
A geração de empregos com o projeto está estimada em dois mil empregos diretos em Santa Catarina, isto representa mais que o dobro do atual número de trabalhadores na indústria de construção naval do estado.
Segundo dados do Sindicato da Indústria de Construção Naval (Sinconavin), o polo da indústria de construção naval offshore catarinense, nos municípios de Itajaí e Navegantes, que hoje tem cerca de 1500 trabalhadores, chegou a ter 10 mil durante o auge da exploração de petróleo e gás no país.
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