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A FCA calcula ter mais de 1,7 mil recursos de ergonomia em suas operações brasileiras. São cadeiras, carrinhos e outros dispositivos usados na linha de montagem para reduzir o esforço dos trabalhadores na linha de produção. Desde o começo deste ano a companhia testa o uso de mais um recurso. Desta vez, bastante tecnológico: a termografia. O exame que detecta as temperaturas do corpo humano é bastante usado no exército e na área do esporte para prevenir traumas entre atletas.
A ideia da fabricante de carros é aplicar o recurso nos funcionários da operação e, com isso, detectar lesões em potencial logo no início do processo inflamatório, antes mesmo que o próprio colaborador perceba e tenha de procurar um médico. “Os tecidos inflamados têm temperatura mais alta do que os resto do corpo. Com o exame podemos evitar que nossos trabalhadores tenham lesões mais sérias e promover melhorias no ponto de trabalho”, esclarece Izonel Fajardo, gestor de ergonomia da FCA em Betim (MG).
1ª Montadora a usar termografia
Desde o início deste ano a companhia tem testado a novidade em um grupo de trabalhadores e, segundo o especialista, já foi possível identificar algumas lesões antes mesmo de elas se agravarem. Caso se confirme promissora, a ideia é aplicar a tecnologia localmente em larga escala na operação. “Não é algo muito custoso. Só precisamos de uma máquina. O desafio é a capacitação técnica: treinar um profissional para que ele identifique os potenciais problemas a partir do exame”, conta Fajardo.
Para dar certo, o ideal é que a pessoa se submeta à fotografia de calor por vários dias seguidos, o que garante que eventuais pontos com temperatura mais alta no corpo, que no dia seguinte não estarão mais ali, não sejam confundidos com uma inflamação. Esta necessidade torna impossível aplicar a termografia em todos os colaboradores das fábricas da empresa. “O caminho é trabalhar por amostragem”, esclarece Fajardo.
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“Estamos estudando as possibilidades. É um projeto bem pioneiro. Não encontrei nenhuma fabricante no mundo que use termografia com esta finalidade”, diz o especialista.
Esta não é a primeira aposta tecnológica da FCA para proteger a saúde dos funcionários de suas fábricas – e manter o índice de absenteísmo baixo. Desde 2017 alguns processos produtivos da companhia no Brasil contam com o uso de exoesqueletos para os colaboradores. O equipamento sustenta o corpo destes profissionais enquanto eles realizam tarefas repetitivas, evitando lesões.
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