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A primeira edição da Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos (Feimec) foi pautada pelo conceito alemão da Indústria 4.0. De produtos que podem se unir à uma indústria automatizada e integrada, a demonstração de um sistema completo de Manufatura Avançada. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) convidou mais de 20 empresas e entidades para trabalharem juntos no projeto de demonstração da Manufatura Avançada no São Paulo Expo, em São Paulo, durante o evento que terminou no último sábado (7).
O maior desafio para os profissionais envolvidos no projeto foi o tempo. As reuniões começaram por volta de quatro meses atrás. Porém, o tempo de execução foi de somente dois meses. Para o engenheiro de aplicação da SKA, Rogério Dias, o profissional brasileiro tem uma capacidade de adaptação que o diferencia de profissionais de outros países. “O brasileiro é flexível por natureza, isso acelera a inserção da tecnologia [na nossa indústria]”, comentou. Dias atuou diretamente na virtualização do ambiente projetado.
Para o engenheiro José Borges Frias, o projeto desafiou profissionais, inclusive de empresas concorrentes, a trabalharem por uma mesma causa. “As empresas estavam ali por amor à causa, interessadas em mostrar que o Brasil é capaz [de ter uma indústria de Manufatura Avançada]”, comentou. Borges é Diretor de Estratégia, Inteligência de Mercado e Business Excellence para as divisões Digital Factory e Process Industries and Drives da Siemens no Brasil. A empresa foi responsável por toda área de digitalização do espaço.
O objetivo, segundo Borges, era mostrar que é possível ter uma linha de produção de Manufatura Avançada com base em quatro pilares do conceito da Indústria 4.0: time-to-market, customização, qualidade e eficiência. Ele lembra que este é um processo evolutivo, que não é necessário ter uma planta 100% integrada, mas que é possível identificar os gargalos de competitividade, integrar os processos e evoluir para uma Indústria 4.0 de acordo com a necessidade e a realidade de cada empresa.
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“No início não tínhamos dimensão do projeto”, admite o líder de novos projetos da Hexagon Metrology, Bruno Okazaki. O engenheiro de produção, responsável pela área de qualidade, participou desde a primeira reunião e se tornou um entusiasta do projeto. Ele conta que no início havia um clima comercial nas reuniões, que foi necessário gerenciar conflitos de ideias e interesses, principalmente porque o projeto começou sem uma demanda definida.
Entretanto, apesar dos desafios, Okazaki ressalta que foi uma experiência muito enriquecedora, já que após os primeiros entraves, excelentes profissionais passaram a trabalhar também de forma integrada, como preza o conceito aplicado no processo da Manufatura Avançada. “Não estamos mostrando um show room, estamos mostrando que nossa indústria pode ser colaborativa e pode ser avançada.
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