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A fabricante de caminhões MAN Latin América negocia com os cerca de 4,2 mil funcionários da fábrica de Resende (RJ) adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). A ideia é reduzir a jornada em 20% e os salários em 10%, já que metade do corte salarial é bancada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O grupo alega ter 1,2 mil excedentes.
Se aprovada a adesão, será a quinta montadora a participar do programa, cujo objetivo é evitar demissões. Ao todo, já há 33 mil trabalhadores do setor previstos para entrar no PPE.
O presidente da MAN, Roberto Cortes, quer adotar o PPE por um ano, período em que espera uma recuperação do mercado. Até setembro, as vendas de caminhões da marca, líder no setor, caíram 42,3%. "A ideia é substituir duas ferramentas adotadas atualmente, a redução da jornada e salários em 10% - em vigor desde janeiro - e o lay-off de 700 funcionários que voltariam em novembro", diz Cortes.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Bartholomeu Citeli, vê dificuldades em aprovar a proposta. "Começamos 2015 com salários reduzidos e não queremos começar 2016 do mesmo jeito." A Ford vai suspender a produção de motores em Camaçari (BA) de hoje até dia 16. Na unidade do ABC paulista, não haverá expediente nesta sexta-feira, 9. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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