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A PSA Peugeot Citroën investirá € 70 milhões para aumentar seu índice de localização de peças na América Latina, dos quais € 50 milhões para o Brasil e € 20 milhões para a Argentina durante o triênio 2015 a 2017. O anúncio foi feito pelo diretor mundial de compras do grupo, Yannick Bézard, na terça-feira (2), durante a cerimônia de premiação de fornecedores Supply Award 2015 Latam, realizada em São Paulo.
“Em linha com o planejamento estratégico global Back to the Race, devemos insistir na competitividade dos nossos veículos e centros de produção, com excelência no controle dos custos e aumentando a integração. No Brasil e na Argentina, a única maneira de redução de custos é primar pelo aumento o índice de localização e devemos fazê-lo trabalhando juntos”, disse Bézard aos presidentes e diretores dos principais fornecedores do grupo na região.
Ele destacou que a PSA Peugeot Citroën conseguiu obter resultados satisfatórios em dois dos três principais objetivos traçados para o ano de 2014: redução de custo fixo e o que ele chamou de “desendividamento”. Entretanto, reiterou que a empresa precisa continuar avançando no quesito rentabilidade, apesar de ter fechado o ano no azul.
Bézard disse ainda que a estratégia global também inclui uma reformulação da gama de veículos cada vez mais adequada aos mercados. Atualmente, o grupo tem em seu portfólio sete plataformas globais e 25 modelos: o programa prevê que até 2020, devem ser apenas duas plataformas, uma do segmento B, para carros compactos, e uma do segmento C, para veículos médios. Brasil e Argentina devem ter, prioritariamente, uma plataforma, mas possivelmente avançarão para a segunda plataforma no futuro, esta deverá ser introduzida na fábrica argentina de El Palomar, que já produz modelos em plataforma média.
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Para o diretor de compras da PSA Peugeot Citroën para a América Latina, German Mairano, o avanço do grupo no mundo permitiu à empresa socorrer as operações da América Latina. Ainda no ano passado, a montadora decidiu dar fôlego às operações da região, injetando capital de R$ 2,6 bilhões, em parte para reduzir dívidas. Segundo o executivo, esta é a prova da importância das operações da região para o grupo, o que reforça a presença das marcas nos mercados locais. Ele também reafirma a necessidade de aumentar a localização de componentes para manter a saúde da companhia:
“Apesar do grupo ter apresentado um desempenho importante em 2014, na América Latina ainda temos problemas: a queda do mercado, que se acentuou, e a volatilidade cambial. Sem uma boa localização de peças, temos que importar e isso é extremamente desgastante considerando o preço flutuante do dólar exatamente em um momento que precisamos conter os custos. Em anos anteriores, tínhamos o problema financeiro, agora temos condições e investimento para fazer”, apontou.
O plano é aumentar o índice de localização dos atuais 65% para 85% até 2019, sendo que 68% devem ser alcançados ainda este ano. Ele admite que o mais difícil de integrar na região continuará sendo componentes elétricos e transmissões, sobretudo as versões automáticas.
O executivo revela que o Grupo PSA pretende intensificar o trabalho conjunto que iniciou com os fornecedores locais, focando em redução de custo. Ele conta que o projeto, criado no Japão e denominado “monozukuri” trata de verificar onde e em quais aspectos montadora e fornecedores conseguem melhorar o fluxo ao mesmo tempo em que reduzem o custo da operação. “É um encontro que fazemos com cada empresa, analisando cada papel, incluindo os tiers 2. Estimamos que neste primeiro ano, com 15 fornecedores brasileiros, consigamos uma redução em torno de € 3 milhões.”
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