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Será que o titânio poderá finalmente sair da categoria de "metal do futuro" e conseguir viabilizar a construção de carros e aviões mais leves, mais resistentes e mais baratos?
Não faltam jazidas de titânio, mas processar esse metal é extremamente complicado e caro, o que tem limitado seu uso a aplicações aeroespaciais, sem grande impacto na indústria de carros e outras máquinas e equipamentos, que continuam sem desfrutar da sua natureza anticorrosão e das suas propriedades mecânicas imbatíveis.
Uma revolução na fabricação do titânio tem sido esperada há algum tempo. Um passo importante foi dado no ano passado, quando engenheiros norte-americanos conseguiram fabricar titânio com 60% menos energia do que no processo convencional.
Agora, uma equipe dos Laboratórios SRI, nos Estados Unidos, anunciou o desenvolvimento de uma nova técnica de fabricação que viabiliza o uso da chamada metalurgia do pó para o tão desejado metal.
Processo de fabricação de titânio
O método atual de produção do titânio e sua ligas, chamado processo Kroll, tem várias etapas e consome uma grande quantidade de energia.
Já a nova técnica usa o plasma de descargas elétricas para gerar uma reação entre o cloreto de titânio e outros cloretos metálicos com hidrogênio para produzir o titânio em pó em uma única etapa - o minério extraído das minas de titânio apresenta-se quase sempre na forma de cloreto de titânio.
O arco voltaico quebra as moléculas de hidrogênio (H2), formando hidrogênio atômico, que então reage rapidamente com os cloretos, permitindo que o titânio metálico puro precipite-se diretamente na forma de grânulos.
Pó de titânio
A metalurgia do pó usa a compactação por rolos para a fabricação direta de folhas e chapas, e técnicas de prensagem e sinterização para a criação de peças de formatos complexos, além da extrusão, similar à usada nos plásticos.
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Mas fazer titânio em pó é um desafio à parte. Assim, a fabricação direta do titânio em grânulos, eliminado a passagem pela chamada "esponja" e pelos lingotes é um avanço real rumo ao barateamento das peças de titânio.
O novo processo foi demonstrado em escala de laboratório, e agora os pesquisadores vão buscar investimentos da indústria para seu escalonamento para um planta-piloto.
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