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O setor industrial globalmente não mostra sinais de recuperação em agosto, afetado pelo desempenho da China e da zona do euro, e a economia mundial está mais dependente dos Estados Unidos.
Pesquisas preliminares nos meios empresariais, publicadas por diferentes entidades, sugerem que um declínio na China e na zona do euro não foi compensado por resultado melhor do que o esperado nos EUA e no Japão.
A zona do euro continua a ser a parte mais fraca da economia mundial, entre os grandes, nota Andrew Kenninghan, economista da Capital Economics, em Londres. O Índice de Gerente de Compras (PMI) composto (industrial e de serviços), índice antecedente da atividade econômica, caiu pela quarta vez em seis meses nos países que usam a moeda comum europeia. A deterioração foi maior na França do que na Alemanha. A periferia - Espanha, Itália e Irlanda - também sinaliza atividade modesta.
Sobretudo, o que mais pesa no fraco desempenho da indústria global em agosto é a China. O declínio acima do esperado em novas encomendas relativo aos estoques cria riscos de maior desaceleração nos próximos meses e "destaca a fragilidade de recentes medidas de estímulo do governo'', conforme analistas do banco Barclays.
No entanto, a avaliação em geral é que Pequim é capaz de evitar uma "aterrissagem forçada" da economia, podendo anunciar mais medidas para reforçar a atividade econômica.
As pesquisas são mais otimistas sobre o Japão. Apesar de a economia ter sofrido uma queda maior que prevista no segundo trimestre, o PMI industrial de agosto aponta a expansão mais rápida em cinco meses. Isso confirma uma retomada do crescimento econômico no terceiro trimestre, para os padrões japoneses.
Por sua vez, a economia dos EUA parece cada vez mais forte. Nova estimativa sugere expansão de 4% ao ano, ante projeção inicial de 3%, nota Chris Williamson, economista-chefe da consultoria Markit.
O PMI industrial em agosto nos EUA chegou a seu maior nivel desde abril de 2010. A expansão econômica no segundo semestre deve continuar forte, sustentada pela alta do consumo, que é reforçado por mais emprego e maior renda.
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Depois da fragilidade do crescimento global no segundo trimestre, espera-se agora uma modesta retomada no segundo semestre do ano. Para vários economistas, a maior ameaça ao crescimento economico global é se o Banco Central Europeu (BCE) fizer muito pouco para provocar uma reação na zona do euro.
Diante da modéstia da produção industrial e no setor de serviços, Mario Draghi, presidente do BCE, mudou seu discurso na sexta-feira e passou a apoiar proposta para que os governos europeus tenham flexibilidade para gastar mais e estimular a economia. Ou seja, os governos não deveriam ficar presos ao limite de déficit orçamentário de 3% do PIB num cenário de persistente fragilidade econômica. A questão é se a Alemanha, que afinal decide, aceitará flexibilidade nas regras europeias.
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