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Caio Uribbe Castro    |   20/08/2016   |   Gestão de custos industriais   |  

Os grandes vilões dos custos: refugo e retrabalho

A quarta coluna da série sobre os desperdícios encontrados nas pequenas e médias empresas iremos entender o impacto da falta de controles sobre a qualidade da produção.

Continuando com a série sobre os vilões dos Custos nas empresas brasileiras, nessa coluna iremos abordar uma situação recorrente nas empresas e que, em virtude da correria do dia a dia, acaba sendo relegada a um segundo plano e, por consequência, apresenta um impacto significativo sobre os custos produtivos.

Para iniciarmos, vamos analisar um cenário típico:

  • Fim de turno, prazo para entrega da encomenda ao cliente se encerrando e a produção para, pois uma das peças para a encomenda não saiu conforme as especificações e vai ter que ser refeita.
  • Hora extra, pega mais matéria prima, corre corre na fábrica, “segura o pessoal da expedição!!!”, vamos que vamos!
  • Encomenda finalizada, despachada para o cliente. Todo mundo feliz voltando pra casa!

No dia seguinte, qual o clima na empresa?

  • Celebração pelo cumprimento do prazo para o cliente?
  • Ou tentar entender os motivos que causaram o problema de qualidade, para evitar que os mesmos se repitam?

Sem desmerecer o cumprimento do prazo com o cliente, é importante sempre rever os motivos de refugos e retrabalhos na produção. Sim, todos sabem que controlar a qualidade do produto é importante, mas o problema é quando, em virtude das atividades diárias, as empresas consideram que defeitos fazem parte do processo, não controlam e mensuram os impactos destes defeitos.

E estes impactos podem ser grandes e afetam diretamente a lucratividade do negócio. Fazer duas vezes o que se previu fazer uma só vez é lucro indo pelo ralo. Gastar mais matéria-prima do que se previu é também lucro indo pelo ralo. E isso porque estamos citando apenas as consequências sobre os custos do processo, que são facilmente mensuráveis. O impacto na imagem da empresa causado por clientes insatisfeitos com a qualidade é algo que não podemos esquecer.


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Mas, para eliminar este desperdício é preciso entender aonde os problemas ocorrem no processo produtivo. A busca pelas causas, raiz dos defeitos, é o principal passo para conseguir solucioná-los.

A partir do momento em que paramos para identificar as causas, a solução para os problemas recorrentes de qualidade em uma empresa é usualmente bastante simples. Uma pequena alteração no projeto ou uma leve mudança no processo, facilitam a fabricação e eliminam refugos e retrabalhos, e, em consequência disso, o lucro retorna.

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Caio Uribbe Castro

Engenheiro Mecânico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou com Gestão de Processos no setor aeronáutico e, atualmente, trabalha focado em Processos de Melhoria de Gestão na empresa Valor & Foco.


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