As 20 companhias que mais investiram em mudanças, segundo pesquisa feita pela Hay Group, registraram rentabilidade de 5,39% em ações, enquanto as empresas que compõem o S&P 500 tiveram retorno de 2,92%.
Em um mercado global cada vez mais competitivo, a inovação se tornou mais do que um diferencial entre as empresas: é a chave para o crescimento das companhias.
Para destacar as melhores iniciativas, a consultoria global de gestão de negócios Hay Group acaba de lançar um estudo mundial com as 20 principais empresas no quesito liderança e ambiente propício para desenvolvimento da inovação.
A General Electric ocupa o primeiro lugar do ranking, seguida por Procter & Gamble e IBM. Já na lista com os 10 principais nomes da América Latina, a Unilever figura na liderança, enquanto Petrobras e Itaú Unibanco aparecem na sétima e oitava colocações, respectivamente.
A pesquisa denominada Best Companies for Leadership - que está na sétima edição - aponta que os líderes das 20 melhores empresas mundiais apoiam a inovação e 90% deles relataram que os colaboradores podem contornar a cadeia de comando sem consequências negativas caso tenham uma boa ideia. Essa quebra de protocolo é permitida em 63% das outras companhias pesquisadas.
Ao todo, foram ouvidos quase 7 mil executivos de 2,3 mil organizações, sendo 35% provenientes da Europa, 31% da América Latina, 21% da Ásia/Oceania/África, 11% da América do Norte e 2% do Oriente Médio.
O cálculo por trás da posição da empresa no ranking é feito a partir das respostas das empresas nos questionários aplicados pela consultoria, mais o número de indicações de outros pesquisados. Para figurar nas primeiras posições, as companhias precisam ser citadas por entrevistados de outros países.
Resultado prático
De acordo com o estudo, 95% das companhias que aparecem no ranking mundial afirmaram que seus líderes seniores dispõem de tempo para desenvolver pessoas e 90% disseram que os líderes trabalham ativamente para que os colaboradores entendam as estratégias da empresa a longo prazo. Nas demais empresas isso ocorre, respectivamente, em 48% e 53%.
O resultado prático dessas decisões é que as 20 principais companhias superam seus pares na bolsa. Em 10 anos, as empresas que compõem o S&P 500 tiveram retorno de 2,92%, enquanto as empresas que aparecem no levantamento apresentam rentabilidade de 5,39%.
As companhias que se destacaram na América Latina figuram quase que em sua totalidade no ranking do Brasil. A exceção é a Ambev que aparece na sexta colocação no levantamento nacional em lugar da LAN.
Cerca de 76% das 30 empresas brasileiras pesquisadas pretendem investir em inovação neste ano e 52% delas utilizam a Lei do Bem para os processos de inovação, que permite que as organizações obtenham incentivos fiscais automáticos quando realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação.
Por Natália Flach/Brasil Econômico