Estado e Universidades vão elaborar convênio formação de engenheiros no RJ

Para evitar a evasão de estudantes de engenharia e garantir mais qualidade à formação destes profissionais, o governo do estado vai elaborar, em conjunto com as universidades federais e estaduais que oferecem o curso, instituições de ensino tecnológico e organizações da categoria, um convênio de cooperação.
 
Na última segunda-feira (1º), em reunião realizada no Palácio Guanabara, o governador Sérgio Cabral e o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, conversaram com reitores e representantes de organizações para definir os primeiros passos do projeto estadual, que será coordenado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Uma comissão, que será formada este mês, terá o compromisso de discutir o futuro da engenharia no estado fluminense e apresentar, em um prazo de 60 dias, um modelo de convênio.
 
Para o governador Sergio Cabral, a proposta de cooperação entre a Capes e a Faperj será fundamental para suprir a carência de mão de obra na área de Engenharia Civil. Dados do Ministério da Educação revelam que a média nacional de evasão do curso chega a 55%.
 
- Temos dados nacionais que se reproduzem no Rio de Janeiro. Nossa proposta é que para cada um real e meio que a Capes colocar, coloquemos um real. Vamos chamar grandes empresas para participar deste esforço - disse.
 
De acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, o Rio de Janeiro será o primeiro estado a ampliar o Plano Nacional de Engenharia e dar celeridade a ele.
 
- Pelo que tenho conhecimento, somos o primeiro estado a ampliar e garantir a execução célere deste plano. A ideia central é criar um grupo e estudar como este convênio pode ser viabilizado e como os recursos poderão ser aplicados - ressaltou.
 
Ao fim da reunião, ficou definido que a comissão contará com um representante das universidades federais, um das estaduais, um das particulares, um do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet) e um representante das organizações ligadas à categoria. Segundo o diretor-presidente da Faperj, Ruy Garcia Marques, a instituição, que já investia na qualificação de engenheiros, amplia sua participação ao coordenar e integrar a comissão que vai elaborar o programa.
 
- A Faperj já vem apoiando as áreas de engenharia desde o início da gestão Cabral. Já lançamos editais específicos, bolsas, auxílios, infraestrutura de laboratório, no total são quase R$ 100 milhões aplicados. Agora vamos elaborar novas ações por meio deste convênio.
 
Presente à reunião, o reitor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Ricardo Vieiralves, considerou a iniciativa governamental assertiva.
 
- O governo do estado foi muito agressivo na atração de novos investimentos e empresas, e agora precisa de recursos humanos. Temos que aumentar a formação de engenheiros com qualidade. É esta a equação que teremos que resolver.
 
Para o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, a intenção do governo estadual deve ser aplaudida:
 
- O Clube de Engenharia se sente honrado em participar deste programa.


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