Para administrar a produção de peças no processo de manufatura a aquisição de um software é uma necessidade de toda empresa. Antes de avaliar cada produto é preciso identificar as demandas dentro da própria indústria, é o que ensina o pesquisador em Projeto de Máquinas, da Universidade Federal de Santa Catarina, Altamir Dias. De acordo com o pesquisador e professor de CAD/CAM, a empresa deve avaliar que nível de análise de dados que exigirá do software, se necessita de uma modelagem simples ou complexa, com detalhamento de curvas e superfície, se há necessidade de cálculo da perda de cavaco.
Outro critério apontado por Dias é a quantidade de fornecedores com necessidades distintas. O desempenho das máquinas onde os softwares serão instalados também deve contar para que a agilidade do programa não seja perdida com por conta do processador.
Na empresa Parkfer, especializada na fabricação de moldes para injeções de termoplásticos e ferramentas de estampo e repuxo, a indústria alcançou um ganho de produtividade de 25% com a versão E9.0 do Cimatron, de acordo com o programador da empresa Alexandre César Marcellino. O software é utilizado nas etapas de projeto e fabricação de moldes.
“Na versão E9.0, comandos de seleção de contornos para usinagem foram melhorados e algumas funções se destacam: sharp edges, que permite uma melhor usinabilidade para cantos vivos e o pmi guide, que é uma ferramenta que permite cotar e adicionar comentários em qualquer etapa do modelamento ou no NC”, complementa Marcellino.
No caso da Planusi, fabricante de equipamentos para a produção de açúcar, o problema era a falta de comunicação entre máquina e software. “Como o software anterior era lento, meus programadores ficavam muito tempo parados, esperando os cálculos serem feitos”, conta o gerente de engenharia Marcelo Galvão. O processo começa com um programador, que faz o planejamento de uma chapa, de acordo com o produto a ser fabricado. Ele monta o layout e faz o programa calcular a forma mais viável de se cortar a chapa.
Outro problema resolvido com a chegada do Radan foi o desperdício de material. O alto nível de sofisticação do software permite ao usuário um alto desempenho no processo de nesting, que consiste na otimização do uso da matéria-prima. “Antes, muitos pedaços das chapas eram inutilizados, mas com o Radan o desperdício está consideravelmente menor”, compara Galvão.
Gostou? Então compartilhe: