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O segmento automobilístico brasileiro deve investir mais em inovação e novas tecnologias, ou poderá não ir muito além dos resultados conquistados até agora. O alerta vem em levantamento da Roland Berger Strategy Consultants, mostrando que a manutenção do atual crescimento do setor automotivo brasileiro no cenário mundial está condicionada ao aumento da competitividade e investimentos em tecnologia.
Segundo o estudo, se os níveis atuais de inovação forem mantidos, em 2020 o País produzirá aproximadamente 4,8 milhões de carros. No entanto, se investir em novas soluções e tecnologias, poderá alcançar a marca de 5,9 milhões de unidades no mesmo período.
“O momento econômico vivido pelo Brasil favorece o setor automobilístico”, afirma Stephan Keese, diretor para o segmento automotivo da Roland Berger. Ele entende que o País tem alcançado números satisfatórios e conquistado novos recordes, mas as empresas precisam focar em novas tecnologias para crescer de forma sustentável. O Brasil ainda ocupa a 29ª posição entre os países que mais investem em tecnologia.
Uma das apostas da consultoria para alavancar a competitividade brasileira são os veículos elétricos, que apresentam características interessantes para o mercado nacional. Os modelos ganharão força no País, mesmo que o segmento automotivo brasileiro não participe de seu desenvolvimento.
Segundo Keese, é sempre importante atentar ao comportamento do consumidor, que fornece dicas interessantes sobre o que deseja encontrar em seu próximo carro. Hoje, o aspecto mais exigido é tecnologia. Cada vez mais, as pessoas procuram por itens que garantam conforto e, ao mesmo tempo, segurança. Por isso, tem-se observado aumento na procura por dispositivos como travas e vidros elétricos, além do airbag. Com os sinais emitidos pelo mercado consumidor, as empresas sabem em quais direções focar seus esforços.
O levantamento, por fim, também destaca a importância de parcerias entre governo, entidades, montadoras e fornecedores. “A união de diversos grupos facilita a ampliação dos investimentos em pesquisa, já que os custos podem ficar mais competitivos”, finaliza Stephan Keese.
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