Notícias
A aspersão térmica é um processo anticorrosivo para proteção do material. Pode ser utilizado substituindo ou complementando outros processos, como a galvanoplastia e a pintura. Uma das maiores vantagens deste processo é a possibilidade de aplicar camadas de Zinco, Alumínio ou liga destes metais sem restrições quanto à sua espessura, de forma rápida e econômica, além de poder ser executado com o equipamento em movimento e em peças de qualquer tamanho.
Também chamado de metalização, consiste em depositar sobre uma superfície previamente preparada as camadas de partículas que farão o revestimento, seja em materiais metálicos ou não-metálicos. Esse tipo de revestimento é mais comum em cerâmicas, carbetos e materiais metálicos como níquel, aço inox e outras ligas resistentes à corrosão.
O calor necessário para formar esta camada superficial de proteção é gerado em uma pistola de metalização, proveniente da queima de um gás combustível ou de em arco elétrico. O consumível, na forma de pó ou arame, vindo da pistola, é projetado com alta velocidade contra o substrato. "O impacto das partículas contra o substrato provoca um resfriamento brusco, solidificando o material aspergido e formando uma camada de depósito, à medida que as partículas são projetadas e achatadas umas contra as outras. Quanto maior a velocidade e o peso específico do material a ser depositado, mais densa, compacta e aderida será a camada", explica a Praxair Surface Technologies, especializada em revestimento por aspersão térmica.
Alguns exemplos de aplicação da metalização são em cascos de navios, pontes, esquadrias, postes, comportas de hidroelétrica, tubulações, entre outras estruturas sujeitas à corrosão por atmosferas rurais, industriais ou marítimas. O revestimento aplicado poderá receber um selante ou tinta que proporcionará uma vedação nos micro-poros garantindo uma duração maior de proteção contra a corrosão.
Principais processos
Existem cinco processos de aspersão térmica bastante difundidos. Cada com características próprias, usados para diferentes materiais em situações diversas.
A aspersão a chama utiliza a energia da queima do acetileno ou propano com oxigênio para produzir camadas de aço resistentes ao calor, metais refratários, aços carbono e metais de baixo ponto de fusão. No processo utilizando o arco elétrico é criado uma camada de ligas metálicas mais densas e com menor inclusão de óxidos.
Quando o objetivo é maior dureza e resistência à abrasão, a aspersão térmica por fusão é mais recomendada, gerando camadas de pré-ligas metálicas. No caso dos materiais refratários e cerâmicos, geralmente se usa o processo a plasma, que gera altas temperaturas a partir de uma fonte de eletricidade.
A última delas, a aspersão térmica hipersônica, também conhecida pela sigla HVOF, utiliza a alta velocidade de exaustão dos gases de combustão para aquecer e projetar o pó metálico no substrato. Produz pressões elevadas e velocidades até três vezes maiores que a do som, criando camadas de carbetos metálicos extremamente duras.
Gostou? Então compartilhe:
Notícias relacionadas
Aplicação, ainda pouco utilizada, vai de veículos à linha branca
Faça seu login
Ainda não é cadastrado?
Cadastre-se como Pessoa física ou Empresa