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O fresamento, uma das operações de usinagem mais comum da indústria, consiste em retirar o excesso de material da superfície de uma peça para dar a forma e acabamento necessário (confira a matéria Remoção de metal pelo processo de fresamento). Mas, de acordo com as necessidades do trabalho, a operação poderá ser frontal ou periférica.
No fresamento periférico (ou tangencial) a superfície fresada se encontra, de modo geral, paralela ao eixo da fresa. A profundidade de corte (AP) é significativamente maior que a penetração de trabalho (AE). O fresamento também se distingue em concordante e discordante, de acordo com a relação entre os sentidos das velocidades de corte e de avanço.
Em uma operação concordante, os sentidos das velocidades de corte e de avanço são, em média, os mesmos. A espessura do cavaco decresce durante a sua formação. Como mostrado na animação abaixo, a espessura do cavaco é máxima no início do corte e mínima no final (teoricamente zero). Assim, na saída do gume, ocorre o esmagamento de material e maior atrito entre o gume e a superfície de corte.
Quando se trata da ação discordante, ocorre o contrário. Os sentidos das velocidades de corte e de avanço são, em média, opostos. A espessura do cavaco cresce durante a sua formação. Neste caso, a espessura do cavaco é mínima no início do corte e máxima no final. Se ocorre fresamento discordante puro, como mostrado na animação abaixo, a espessura inicial é teoricamente zero. Assim, no momento da entrada do gume, não há corte, mas apenas o esmagamento de material. Consequentemente os esforços e a tendência a vibrações na ferramenta são maiores.
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O fresamento concordante tem menor desgaste e, como consequência, aumenta a vida útil da ferramenta, melhora a qualidade superficial, possui menor potência requerida para o corte e reduz os efeitos de vibração, já que a força resultante empurra a peça contra a mesa onde está fixada. No entanto, é preferível o fresamento discordante em casos em que exista folga no fuso da mesa da máquina-ferramenta ou quando a superfície da peça possuir resíduo de areia de fundição, for muito irregular ou o material for proveniente de procesos de forjamento.
Já no fresamento frontal, a superfície usinada é gerada pelo gume secundário e encontra-se normalmente perpendicular ao eixo da fresa. Também é plana, sem relação com o contorno dos dentes da fresa. A penetração de trabalho (AE) é consideravelmente maior que a profundidade de corte (AP).
Nesta operação, ocorrem simultaneamente fresamento concordante e discordante. Tomando um dente em particular, primeiro ele se engaja em fresamento discordante. A espessura do cavaco que se forma cresce até um valor máximo na linha que passa pelo centro da fresa e com direção igual à do avanço. A partir deste ponto o corte passa a ser concordante. A espessura do cavaco decresce até o gume sair da peça.
No caso de fresamento frontal em cheio, como mostrado na animação abaixo, tanto a espessura inicial e a final do cavaco são teoricamente zero.
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Com seis tipos de formas diferentes, cada uma possui uma função específica
Podem ser inteiriça, calçada ou com dentes substituíveis, cada uma com características próprias
Devido à alta produtividade o fresamento frontal deve ser utilizado sempre que possível
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