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Fotos: Agência Fapesp e Divulgação
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Petrobras inauguraram, na sexta-feira (6/11), as novas instalações do laboratório de engenharia naval do Centro de Engenharia Naval e Oceânica (Cnaval) do instituto. O projeto recebeu investimentos de R$ 9,5 milhões.
O novo laboratório conta com o mais longo tanque naval do Brasil, com 280 metros de comprimento. De acordo com o IPT, trata-se do mais moderno laboratório naval da América Latina.
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As instalações antigas passaram por uma completa reformulação física e tecnológica, para atender às novas demandas de suporte tecnológico dos setores de transporte marítimo e de construção de plataformas de petróleo.
A aplicação de robótica na construção de modelos de embarcações e o desenvolvimento de peças com tecnologia de prototipagem rápida, como se fossem impressoras em três dimensões, estão entre os novos recursos do Centro de Engenharia Naval do IPT.
O projeto do novo laboratório foi concebido a partir de 2005 com base em três objetivos: criar um centro multiusuários, com 15 estações de trabalho para pesquisadores, projetistas e clientes do instituto; incrementar a capacitação laboratorial do Cnaval, por meio de equipamentos modernos de medição para ensaios no tanque de provas, túnel de vento e túnel de cavitação (estudo de hélices); e reduzir o tempo de construção de modelos físicos para serem testados nesses laboratórios.
Investimento
O projeto foi fomentado no âmbito de um convênio entre a Transpetro – subsidiária da Petrobras – e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Como dona da maior frota de navios do continente, a Transpetro será um dos principais usuários do laboratório, de acordo com o IPT.
Dos recursos aplicados, 90% são provenientes da Petrobras e 10% da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A participação da Petrobras faz parte de um programa de R$ 32 milhões, voltados a oito projetos de capacitação tecnológica na área de naval, que incluem, além do IPT, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).
Do investimento total, cerca de R$ 5,5 milhões foram empregados em equipamentos, como o braço robótico que passou a dar suporte ao desenvolvimento de modelos de embarcações. O restante dos recursos foi aplicado em obras civis, que consistiram na troca de cobertura do tanque de provas e na renovação e ampliação das áreas técnicas do centro.
Tecnologia
De acordo com o IPT, o principal ganho de eficiência do laboratório ocorrerá na confecção de modelos com o auxílio da robótica, substituindo o antigo sistema de marcenaria, que consumia até 45 dias para executar um modelo de navio em escala. Nas novas instalações, todo o processo não passará de uma semana: os modelos serão confeccionados em blocos de poliuretano ou em madeira, esculpidos pelo braço robótico. Depois as superfícies receberão tratamento com resina de fibra de vidro.
Entre os destaques tecnológicos do novo laboratório está o novo gerador de ondas para o tanque de provas, com 280 metros de comprimento, 6,6 metros de largura e 4,5 metros de profundidade.
As instalações contarão ainda com um novo sistema de instrumentação do carro dinamométrico do tanque, com um sistema de imagem de alta precisão de medições de movimentos e com modernos dinamômetros para medições de forças.
Importância
Durante a inauguração, o secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo aplicará R$ 110 milhões no IPT até 2010. “O IPT é um exemplo de como se faz ciências exatas com paixão. O novo laboratório é único na América Latina e um exemplo de cooperação entre os entes federados, pois muitos projetos e parcerias foram e serão ainda desenvolvidos”, disse.
Sergio Machado, presidente da Transpetro/Petrobras, destacou que o novo laboratório surge em um momento estratégico para gerar conhecimento para a sustentabilidade econômica. “A atividade da indústria naval hoje é importante porque 95% do comércio internacional do país depende de navios. A indústria naval foi retomada há seis anos, tem atualmente o patamar de 15 mil empregos e deve alcançar até 2013 o total de 42 mil empregos”, disse.
Segundo o diretor-presidente do IPT, João Fernando Gomes de Oliveira, o novo laboratório teve sua capacidade de testes quadruplicada, capacitando o IPT para os desafios brasileiros na área de projetos e testes de embarcações.
“Com a descoberta das reservas do pré-sal cresceu a demanda de parceiros como a Petrobras, que precisará de embarcações de suporte às plataformas, por exemplo. Os projetos dessas novas embarcações assegurarão maior eficiência em propulsão, consumo de combustível e manobrabilidade”, disse.
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