China não ameaça Brasil, diz embaixador

 Fonte: Canal de Notícias - 19/04/2007
 
O Embaixador do Brasil na China, Luis Augusto de Castro Neves, declarou-se contrário à adoção de medidas de defesa comercial contra a China. Em nota enviada para a abertura do segundo dia da 2ª Conferencia Internacional do Conselho Empresarial Brasil-China, Castro Neves afirmou que a China não deve ser vista como uma ameaça ao Brasil.

"É preciso não cair na tentação das soluções simplistas, como preconizar um protecionismo, pouco eficaz como instrumento de proteção em um mundo globalizado, onde os processos produtivos são cada vez mais internacionalizados. Isso não levará a lugar nenhum".

De acordo com o Embaixador, a política externa brasileira e sua atuação comercial devem ser mais estratégicas: identificar as áreas realmente propícias para parcerias bilaterais e para a evolução de um modelo de fornecedor de matérias-primas para um cenário onde investimentos chineses permitam a formação de uma cadeia processadora dos insumos.

"Com isso, possibilitaremos melhorar nossa infra-estrutura de transporte, de armazenagem e de comercialização internacional desses produtos e atenderemos tanto à demanda brasileira de agregar mais valor à pauta exportadora, como ao interesse chinês em dispor de suprimentos garantidos, a longo prazo, de produtos que consideram estratégicos", diz a nota.

À frente da Alemanha. No segundo semestre de 2007, o Produto Interno Bruto (PIB) da China deverá ultrapassar o alemão em termos nominais. A previsão foi anunciada por Leo Abruzzese, responsável pelo departamento editorial do Economist Intelligence Unit, durante o segundo dia da 2ª Conferencia Internacional do Conselho Empresarial Brasil-China. Nas estimativas do EIU, o PIB chinês deve chegar ao fim do ano em US$ 3,2 trilhões, contra US$ 2,9 trilhões da economia alemã. Com isso, a China se tornará, em 2007, a terceira maior economia do mundo. Em 2006, o PIB chinês estava em US$ 2,7 trilhões.


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