A manutenção industrial segue como um dos principais centros de custo da produção no Brasil e no mundo. De acordo com levantamento da Plant Engineering, 24% das fábricas destinam entre 11% e 15% do orçamento anual para essa finalidade, enquanto 17% investem mais de 15%. Os dados revelam um cenário de alerta para o setor, que busca cada vez mais ferramentas capazes de otimizar processos e reduzir o impacto financeiro da manutenção.
Entre as soluções mais promissoras estão os sistemas de gestão da manutenção, que permitem automatizar rotinas e prever falhas, contribuindo para diminuir gastos e aumentar a disponibilidade dos ativos. “Os custos com manutenção corretiva são, em média, até três vezes mais altos do que os da manutenção preventiva", afirma Alexandre Nunes Fontes, gerente comercial da Globalthings, especializada em soluções digitais para o setor.
Os chamados CMMS (Computerized Maintenance Management Systems) integram funções como monitoramento em tempo real, controle de ordens de serviço, rastreio de técnicos e análise de desempenho. Isso possibilita não apenas a programação de manutenções, mas a tomada de decisão baseada em dados. Segundo o estudo Ranking Nacional da Indústria 4.0, realizado pelo Atlas Intel em parceria com a Tractian, empresas que adotam manutenção preditiva conseguem reduzir o downtime em até 50% e os custos com manutenção em até 40%.
As empresas industriais que utilizam um software para a gestão da manutenção associam esse sistema a um aumento significativo na produtividade e uma melhoria no desempenho das operações. “Isso ocorre porque o software ajuda a organizar melhor a manutenção preventiva, evitando falhas inesperadas e a necessidade de reparos emergenciais, que costumam ser muito mais caros", explica Nunes. Com uma gestão mais eficiente, as empresas conseguem identificar problemas de maneira antecipada, realizar as manutenções programadas e prolongar a vida útil dos equipamentos.
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A adoção de tecnologias como essa pode reduzir os custos com manutenção em até 12% e aumentar a disponibilidade dos ativos em 9%, segundo o estudo PWC’s Predictive Maintenance 4.0.
*Imagem de capa: Depositphotos.com
