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A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou nesta quarta-feira (31) um relatório indicando sinais de recuperação na indústria de máquinas e equipamentos em junho de 2024. O consumo aparente do setor registrou um aumento significativo de 6,6% em relação a maio, impulsionado principalmente pelo crescimento das vendas de máquinas produzidas localmente.
A receita líquida de vendas também apresentou recuperação em junho, comparado ao mês anterior, devido à melhora das vendas no mercado doméstico. No entanto, as exportações do setor recuaram, refletindo um cenário ainda desafiador no mercado internacional.
"Ainda que nas comparações interanuais prevalecessem o desempenho inferior ao do ano de 2023, o segundo trimestre de 2024 foi marcado por clara tendência de recuperação, o que contribuiu para a redução da queda observada no ano de -21,5% no encerramento do 1tri24 para -16,4% no fechamento do semestre", diz a Abimaq no relatório com os Indicadores Conjunturais.
No mercado doméstico, após um pequeno recuo em maio (-0,7%), houve um crescimento que ajudou a reduzir a queda acumulada no ano de 22,1% no encerramento do primeiro trimestre para 17,8% no primeiro semestre. Contudo, as receitas líquidas de vendas de componentes recuaram.
"No ano, por outro lado, predomina a taxa de queda dentre os setores fabricantes de máquinas, ainda que em patamar superior. Entre os que registraram crescimento no ano estão os fabricantes de máquinas para bens de consumo, para logística e construção civil e de componentes", diz o relatório.
As exportações de máquinas e equipamentos caíram 12,3% em junho em comparação com maio e 11,6% em relação ao mesmo mês de 2023, totalizando US$ 922 milhões. No acumulado do ano, as exportações registraram uma queda de 9,1%. A valorização de 5% da paridade cambial R$/US$ ante maio e de 11% em relação a junho de 2023 resultou em maior rentabilidade, mas ainda não refletiu em maior exportação. Segmentos como fabricantes de máquinas para a indústria de transformação e infraestrutura registraram crescimento nas exportações, mas a América do Norte e a América do Sul, tradicionais mercados, mostraram quedas significativas.
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"No período houve crescimento nas exportações realizadas para poucos países da Europa, entre eles França e Itália e também em outras regiões de menor peso no total, como Singapura, Arábia Saudita, Catar", diz a Abimaq.
As importações de máquinas e equipamentos caíram 9,3% em junho de 2024 em relação a maio, mas cresceram 3,1% em relação a junho de 2023. No acumulado do ano, as importações registraram um crescimento de 6,5%. No segundo trimestre de 2024, o volume importado aumentou, indicando uma tendência de alta. Em junho, houve crescimento das importações pela indústria de transformação (ferramentaria, fornos, máquinas-ferramenta e equipamentos de solda) e para logística e construção civil (máquinas para movimentação, construção civil e rodoviárias). A China continua a ser o principal fornecedor, com as importações crescendo 23,9% no acumulado do ano, enquanto as importações dos Estados Unidos diminuíram.
"Apesar da queda observada na ponta, dados do 2tri24 indicam tendência de alta nas importações. Neste segundo trimestre o volume importado girou em torno de US$ 2,4 bi por mês, contra US$ 2,3 no 1tri24 e US$ 2,2 bi considerando a média mensal de 2023. As importações, continuam a ganhar espaço no consumo doméstico. Dados acumulados até junho indicam market share de 45,2% contra 39,8%
no 1sem23", segundo o relatório.
A capacidade instalada da indústria de máquinas e equipamentos em junho foi utilizada em 75,6%, um valor idêntico ao registrado em junho de 2023, e 1,2 pontos percentuais acima do resultado de dezembro de 2023. A carteira de pedidos, medida em semanas para o seu atendimento, mostrou uma alta mensal de 3,1%, embora a comparação anual ainda seja negativa, com uma estabilização em patamares 11% inferiores a 2023.
Em termos de pessoal ocupado, houve um aumento de 0,3% no número de empregados na indústria de máquinas e equipamentos em junho de 2024, totalizando 388.179 colaboradores. As contratações foram realizadas principalmente nos segmentos fabricantes de componentes para a indústria de bens de capital e de máquinas para a indústria de transformação. Contudo, em relação a junho de 2023, o número de empregados ainda está 1,1% inferior, representando uma redução de 4.424 pessoas.
*Imagem de capa: Depositphotos.com
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