Transição para veículos elétricos pode gerar US$ 660 bilhões em receita

Dados foram revelados por uma nova análise da EY.

A indústria automotiva global está prestes a passar por uma uma transformação significativa, com uma potencial receita de US$ 660 bilhões em jogo. Esta oportunidade surge à medida que o setor redireciona seu foco dos veículos com motor de combustão interna (ICE) para veículos elétricos (EVs), conforme revelado por uma nova análise da EY. Este movimento estratégico é impulsionado pela mudança na demanda dos consumidores, o avanço das tecnologias emergentes e regulamentações ambientais mais rigorosas.

A análise da EY aponta que o setor está se afastando de seus tradicionais pools de valor, como fabricação e vendas transacionais, e se dirigindo para o ciclo de vida completo dos veículos. Isso abrirá novas oportunidades para montadoras, fabricantes de baterias, fornecedores, empresas de energia e investidores. Três áreas-chave, denominadas "megapools", foram identificadas como as principais fontes de crescimento de receita: baterias e infraestrutura de carregamento, veículos definidos por software (SDV) e circularidade de baterias e veículos.

A primeira área, focada em baterias e infraestrutura de carregamento, prevê que até 2040, o número de EVs na estrada superará os veículos tradicionais. As baterias e a infraestrutura de carregamento são essenciais para essa transição. Em segundo lugar, a mudança para SDVs permitirá novas fontes de receita através de serviços baseados em dados, aumento da eficiência e melhorias na qualidade das frotas. Logo, a circularidade na fabricação e no uso de baterias promoverá uma indústria mais sustentável, abordando também a escassez de minerais raros.

Mudança de paradigma 

De acordo com Martin Cardell, líder global de Soluções de Mobilidade da EY, a indústria automotiva está vivenciando uma mudança de paradigma. O valor está se movendo da fabricação e vendas para o ciclo de vida completo do veículo, exigindo que as empresas se adaptem rapidamente a novas áreas de crescimento. Essa adaptação envolve abraçar a inovação, otimizar estratégias de dados e focar na formação de talentos qualificados. 

Cultura de inovação 

A análise da EY também destaca a urgência para que os players do ecossistema de mobilidade otimizem seus negócios atuais enquanto inovam para o futuro. A decisão não é se devem ou não se envolver nessa transformação, mas como fazê-lo de maneira eficaz para maximizar as receitas. Desenvolver uma cadeia de suprimentos de baterias diversificada e confiável é fundamental, especialmente considerando que a China atualmente domina a capacidade global de refino de metais para baterias.


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De acordo com a publicação, para vencer essa grande mudança de valor, as empresas devem focar em quatro ações fundamentais: construir uma cultura de inovação, redefinir estratégias e experiências do cliente, desbloquear o valor dos dados e cultivar as habilidades futuras da força de trabalho.

*Imagem de capa: Depositphotos.com