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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta que o Brasil tem potencial para, dentro de uma década, ter uma indústria digital e verde, mais inserida no mundo, além de ser um país mais inclusivo e igualitário e com um setor público mais eficiente. Também deve ser capaz de aumentar a eficiência energética, modernizar a infraestrutura de rodovias e ferrovias e alcançar o desempenho médio nas provas de matemática e ciências dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre outros avanços. Mas, antes, é preciso ter projetos e visão de longo prazo.
Os diagnósticos, as soluções e as metas para o Brasil ter uma nova indústria e chegar fortalecido daqui a uma década estão no Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032.
O documento reúne ações concretas em oito fatores-chave:
“Estamos atentos a questões sociais, ambientais e de governança, com destaque para a agenda ESG. Temos importantes desafios para os próximos anos, que incluem o que podemos fazer dentro das empresas para o aumento da produtividade e da inovação, além da agenda de Estado, como a reforma tributária e o imperativo da descarbonização, que impulsiona a corrida pelo domínio das rotas tecnológicas verdes. Somados a isso, há o cenário externo, com o acirramento de conflitos geopolíticos, que acelera movimentos de reorganização de cadeias globais de valor. Temos muito trabalho pela frente”, avalia o presidente da Robson Braga de Andrade.
A CNI inovou nesta edição, a quarta do documento, desde seu lançamento, em 2007. As ações em temas como produtividade, inovação, internacionalização e capacitação de colaboradores e gestores foram desenvolvidas levando em consideração dois pontos: nenhum fator-chave pode ser visto de forma isolada e as empresas também têm um dever de casa a cumprir.
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Um exemplo dessa visão sistêmica está no fator-chave: Educação. A educação é fundamental para o sucesso dos demais. Sem educação básica, profissional e superior adequadas, com foco em ganhos de produtividade, é impossível garantir o processo de descarbonização e a convergência para um modelo circular; a engenharia necessária à construção da infraestrutura de que o país precisa; a implementação de boas práticas regulatórias e processos adequados de governança e compliance públicos e privados; a inovação e o desenvolvimento produtivo; e a capacidade de as empresas operarem em um mercado global extremamente competitivo.
A indústria colocou como meta reduzir em 36% o índice de desigualdade de gênero do Brasil até 2032, o que equivale a uma queda de 4% ao ano. Entre as ações recomendadas estão: estimular ações que incentivem a maior participação das mulheres no mercado de trabalho, além da promoção e a ascensão de mulheres em cargos de liderança.
Além disso, o Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032 também prevê o fortalecimento de mecanismos e políticas que promovam a diversidade, equidade e inclusão, em âmbito público e privado, além do incentivo à construção de ambientes de trabalho mais receptivos às diferenças, com reflexos socioeconômicos positivos para toda a sociedade.
*Imagem de capa: Depositphotos
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