Senai e Petrobras firmam parceria para mapear potencial eólico no Brasil

Uma das possíveis ações do acordo será a ampliar mapeamento do potencial eólico offshore na Margem Equatorial Brasileira

A Petrobras e o Senai do Rio Grande do Norte assinaram um protocolo de intenções para desenvolver ações e estratégias voltadas à transição energética, energias renováveis e descarbonização no Brasil. Um dos possíveis desdobramentos será a ampliação e o aprofundamento do mapeamento do potencial eólico offshore na Margem Equatorial Brasileira. 

A iniciativa contempla os esforços da companhia nas áreas de energia renováveis, descarbonização e transição energética. O documento estabelece ainda o compromisso da criação de um Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) de referência para pesquisa e desenvolvimento desses setores. A assinatura do documento ocorreu em evento realizado na Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, em Natal.
 
"Esse acordo vai abrir caminhos para uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando o expressivo potencial eólico offshore do nosso país e impulsionando nossa trajetória em direção à transição energética justa. A Petrobras está caminhando com diligência, mantendo foco em operar de forma sustentável. Ao mesmo tempo avançando na descarbonização e atenta às oportunidades de ampliar sua atuação em novas matrizes como os combustíveis com conteúdo renovável, energia eólica e solar", afirmou o Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

Potencial eólico do Brasil

Dados preliminares de um estudo conduzido pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sugerem que o potencial do recurso solar do Amapá é equivalente a regiões do Brasil onde já existem empreendimentos de grande porte instalados, seja na medição anual como sazonal. A região já é estudada desde 2015, quando Petrobras e SENAI-RN descobriram o potencial eólico offshore da bacia Rio Grande do Norte - Ceará.


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A parceria pode contribuir para ampliar a segurança energética dos estados e evitar, por exemplo, episódios como o de 2020, quando o Amapá enfrentou 22 dias de interrupção de energia elétrica, causada por fortes chuvas e descargas atmosféricas, que afetou cerca de 90% da população.

Além disso, a Margem Equatorial Brasileira apresenta grande diversidade fisiográfica e meteorológica e é considerada uma região de interesse estratégico para o país.

Soluções

A Petrobras busca integrar as operações de exploração e produção a novas fontes de energia, formando um ecossistema. Na prática, os novos projetos incorporam, em todo ciclo de vida, a associação com soluções que reduzam as emissões de gases de efeito estufa no longo prazo como, por exemplo, a energia eólica offshore, o hidrogênio de baixo carbono e a captura de carbono.

O potencial brasileiro é estimado em 700 GW em locações offshore com baixa profundidade - um volume que corresponde a mais de 30 vezes a capacidade de geração instalada hoje no mundo -, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério das Minas e Energia (MME).

*Imagem de capa: Depositphotos