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A maioria das empresas de capital aberto atualizará seus planos de investimento para incluir métricas de sustentabilidade como parte fundamental de suas análises de retorno sobre investimento (ROI) até 2026. A estimativa é do Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, que destaca também que será transformador para as empresas ver a sustentabilidade como novo impulsionador para os negócios.
Muitas organizações evoluíram de uma abordagem puramente orientada para riscos em direção a um novo modelo direcionado a preocupações ambientais, sociais e de governança (ESG), tendo que otimizar seus programas para melhorar sua reputação e atrair novos clientes, investidores e talentos. Os analistas do Gartner acreditam que a próxima etapa dessa evolução será impulsionar a transformação da sustentabilidade, tornando o retorno sobre investimentos (ROI) um foco principal de suas estratégias ESG.
“Muitos diretores financeiros (CFOs) já experimentaram retornos positivos ao enfatizar a sustentabilidade por meio de investimentos em capital verde em pequena escala”, afirma Melanie O'Brien, analista vice-presidente de pesquisa da prática de finanças do Gartner. “Prevemos que 60% das empresas públicas terão atualizado suas metodologias de investimento para incluir informações não-financeiras relacionadas à sustentabilidade até 2026, o que facilitará investimentos transformadores e de longo prazo em sustentabilidade.”
Segundo o Gartner, as metodologias tradicionais muitas vezes ignoram o valor dos benefícios não-financeiros e intangíveis ao considerar os retornos dos investimentos (ROI). As organizações mais modernas já estão começando a adotar a sustentabilidade como um impulsionador e a atualizar seus critérios de investimentos. Da mesma forma, os líderes estão se preparando para avaliar os benefícios não-tangíveis de seus investimentos digitais.
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Os analistas do Gartner alertam que as organizações que contabilizarem o valor empresarial de seus investimentos sustentáveis, conectá-los a uma estratégia corporativa mais ampla e mostrarem benefícios claros provavelmente serão vistas por investidores e outros públicos estratégicos de uma forma diferenciada.
Uma maneira de tornar isso tangível é por meio do mercado de capitais de dívida, pois já é possível ter melhores taxas juros quando se emite títulos vinculados a ESG. O Gartner prevê que mais de US$ 3 trilhões em títulos vinculados a ESG serão emitidos até 2026, representando 30% do total de emissões do mercado financeiro mundial. Apesar das atuais incertezas econômicas, 72% dos líderes de alta tecnologia nos Estados Unidos, Canadá e Europa Ocidental planejam aumentar a receita de suas empresas este ano. Além disso, quase metade dos principais executivos do mundo acredita que conseguirá superar a competição deste ano.
Esses dados são de pesquisa do Gartner realizada no segundo semestre de 2022, com 195 entrevistados, para entender como a turbulência econômica representa desafios para os principais mercados do mundo e para medir a confiança na capacidade de implementar novos planos e medidas para lidar com incertezas.
Para atingir financeiramente os objetivos alinhados à sustentabilidade, o Gartner recomenda que os CFOs ajustem suas metodologias de investimento em áreas essenciais, incluindo:
*Imagem de capa: Depositphotos
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