A Pilz do Brasil, empresa alemã focada em sistemas de automação e marca referência em automação de segurança para máquinas, reportou no ano passado um crescimento de 19,7% em seu lucro operacional em relação a 2021, mesmo com queda nas vendas de produtos.
O diretor da Pilz do Brasil, Paulo Fernandes, explica que “no primeiro semestre de 2022, tivemos um crescimento muito forte ainda como reflexo da retomada da economia em 2021, porém, no segundo semestre começamos a sentir a queda na disponibilidade de produção na Alemanha, como resultado da crise de semicondutores do mercado asiático. Isso fez com que as vendas de produtos no Brasil fossem impactadas negativamente no último trimestre”.
No entanto, mesmo diante desse cenário, a nova rede de distribuição da Pilz tem se mostrado extremamente eficiente para suprir a demanda nacional. “Estou muito satisfeito com o desempenho de nossos distribuidores, que vem mantendo um altíssimo nível técnico de atendimento e disponibilidade aos nossos clientes”, afirma Fernandes.
O diretor destaca, ainda, que a empresa vem se estruturando de maneira muito eficiente para atender a demanda por serviços de Consultoria, Treinamentos e Engenharia de Automação de Segurança, o que colaborou para manter um alto nível de faturamento em 2022. “Temos uma expectativa muito positiva para 2023 com os projetos que estamos trabalhando e desenvolvendo junto aos nossos clientes, e esperamos aumentar em cerca de 30% nossa equipe técnica para suprir a demanda dos projetos existentes. Além do Brasil, no ano passado estendemos nossa atuação aos países vizinhos, como o Uruguai, por exemplo”, enfatiza.
Outra área que cresceu consideravelmente foi a de treinamentos. Em 2022, a Pilz do Brasil capacitou mais de 50 técnicos para conseguirem a certificação CMSE (Certified Machinery Safety Expert) expedida pela TÜV Nord.
Expectativa para 2023
A estimativa para 2023, segundo Fernandes, continua sendo otimista, com expectativa de crescimento em vendas acima de 30%. “Sabemos dos desafios internos como inflação, taxa de juros, novo governo, e das situações externas, como uma possível recessão nos EUA, inflação na zona do Euro, conflito Rússia e Ucrânia, e crise do gás na Alemanha. Os problemas da cadeia de suprimentos de semicondutores e eletrônicos estão, pouco a pouco, ficando para trás. Exemplo animador é que a nossa matriz já está produzindo duas vezes mais relés do que antes da pandemia, dando vazão ao alto volume de backlog na fábrica”.
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No Brasil não é diferente, comenta Fernandes, “mesmo com o aumento no prazo de entrega de nossos produtos, os clientes continuam valorizando a parceria e qualidade da Pilz, e confiam seus projetos na marca. O volume de entrada de pedidos continuou em um patamar elevado. Hoje, temos um backlog que equivale a cerca de 25% da meta de venda de produtos para 2023.”
A montagem local do relé myPNOZ é outra estratégia importante para a Pilz do Brasil, com a flexibilidade e disponibilidade no estoque em Indaiatuba do produto, que atende variadas aplicações de Automação de Segurança, desde uma pequena máquina de oficina até grandes máquinas de processo.
