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Em 2021, das 9,4 mil empresas com mais de 100 trabalhadores, das indústrias extrativas e de transformação, 70,5% introduziram algum produto novo ou substancialmente aprimorado ou incorporaram algum processo de negócio novo ou aprimorado para uma ou mais funções de negócios da empresa.
As informações foram levantandas pela Pesquisa de Inovação (Pintec) Semestral 2021: Indicadores Básicos, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em dezembro em colaboração com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Esta é a primeira edição do levantamento cujo objetivo é produzir uma nova geração de indicadores sobre inovação para o setor industrial brasileiro, no âmbito de empresas de 100 ou mais pessoas ocupadas no setor extrativa e de transformação. O gerente de pesquisas temáticas do IBGE, Flávio Peixoto, destacou que por se tratar de uma pesquisa nova, os analistas estão aprendendo a interpretar os dados, mas que, de uma forma mais ampla, traz informações significativas.
“É uma alta taxa, de 70%, de empresas que realizaram algum tipo de inovação, num cenário de pandemia. De alguma maneira, as empresas estão respondendo a esse cenário adverso que não começou só com a pandemia. As empresas respondem às crises. E um primeiro olhar, pareceu um cenário positivo”, afirmou o pesquisador.
Segundo o estudo, 37,8% das empresas inovaram tanto em produto quanto em processo de negócios, seguidas das que inovaram apenas em processo de negócios (20%) e apenas em produto (12,7%).
Dentre os setores mais inovadores em produto e/ou processo de negócios, destacaram-se as atividades de fabricação de produtos químicos (87%), fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (86,5%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (84,7%).
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Por outro lado, as taxas de inovação mais baixas foram observadas nas atividades de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (54,6%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (51,6%) e fabricação de produtos de madeira (42,6%).
“A análise das taxas de inovação para o total da indústria, segundo as faixas de pessoal ocupado, mostra uma relação de proporcionalidade direta em relação ao tamanho das empresas, uma vez que as faixas de menor porte, de 100 a 249 pessoas ocupadas, tiveram menor taxa de inovação (66,6%) que a observada na faixa de 250 a 499 (75,3%) trabalhadores e nas empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas (76,7%)”, diz o IBGE.
Os setores que mais se destacaram nas inovações de produto foram fabricação de produtos químicos (76%), fabricação de produtos diversos (74,4%) e fabricação de máquinas e equipamentos (71,9%).
“Dentre os setores mais inovadores em processo de negócios, destacaram-se as atividades relacionadas à fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (79,2%), fabricação de produtos químicos (73,7%), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (70,9%) e fabricação de produtos diversos (70,8%). Vale destacar que o setor químico apareceu também como o mais inovador dentre as empresas inovadoras de produto”, diz o estudo.
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