Fabricante indiana de tratores planeja abrir uma fábrica no Brasil

A Mahindra anunciou recentemente que espera ampliar seu mercado na América do Sul e África.

Mahindra & Mahindra, fabricante global de tratores, anunciou no fim de julho que planeja estabelecer uma fábrica de tratores no Brasil, o sexto maior mercado mundial. O investimento é parte de sua estratégia de expansão global.

Com bases de manufatura ou montagem nos EUA, Turquia e Índia, 3 dos top 5 mercados, o fabricante dos tratores Arjun e Novo vê seus volumes duplicarem no Brasil nos próximos anos. Essa estimativa levou a companhia a aumentar a sua presença com uma manufatura local, disse Hemant Sikka, presidente dos negócios de equipamentos agrícolas da M&M.

Anualmente, cerca de 54.000 unidades são vendidas no Brasil, onde quase dois terços são na faixa de potência até 110cv, o qual é o principal segmento para a M&M. Num período pequeno de presença, a marca já alcança 5% de participação de mercado.

“Nós estamos apostando no Brasil. Eu estou muito otimista com o nosso futuro no país. No cenário global atual, o Brasil tem se tornado uma das mais importantes exportadores de grãos e é como o 'café da manhã do mundo'. Existe um enorme potencial de exportação desde o Brasil. Nós dobramos nossa participação de mercado e e esperamos crescer ainda mais com a nova unidade fabril”, acrescentou Sikka.

Tratores são os produtos de entrada em diversos mercados. Além do Brasil, a Mahindra recentemente assumiu, de seu distribuidor local, as operações de Vendas e Marketing de tratores na África do Sul, para ter um melhor foco na comercialização. A empresa está, atualmente, formulando um plano de expansão na América do Sul e África.

Com a nova geração da plataforma K2 da Mitsubushi Agriculture Machinery e os tratores da marca Armatrac da Erkunt, Turquia, a Mahindra quer penetrar fortemente na Europa Ocidental e Sudeste da Ásia nos próximos anos. Para se certificar, os negócios internacionais da companhia já representam um terço de todo o faturamento da M&M. Suas subsidiárias nos EUA e no Japão juntas, já somam um bilhão de dólares em faturamento.