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Reter talentos na Indústria da manufatura tem sido um grande desafio para as companhias. No entanto, com planejamento e estratégia dá para melhorar a perfomance, a produtividade e a retenção dos colaboradores. A especialista Madalena Feliciano indica alguns pontos críticos que devem ser aplicados na cultura organizacional da empresa para evitar a rotatividade de talentos, como a comunicação, um ponto muito trabalhado na Schmersal, considerada uma das melhores companhias do setor industrial para se trabalhar no Brasil.
“Treinar e desenvolver talentos funciona para todas as empresas, seja ela pequena, média ou de grande porte. E é extremamente importante que as empresas entendam isso, para que elas tenham melhores profissionais e melhores resultados”, disse a gestora de carreiras, Madalena Feliciano, durante palestra na FEIMEC 2022, intitulada, Manufatura: Como treinar e reter talentos na Indústria. Na ocasião, a profissional falou sobre a importância dos líderes entenderem como os colaboradores podem se comportar e se sentirem motivados. “A liderança tem uma responsabilidade enorme em reter talento, em impactar positivamente e alimentar o senso de pertencimento”.
Para isso, segundo ela, é extremamente importante ter uma estratégia para implantar no RH da empresa. “Um talento é muito mais do que somente a parte técnica, mas também envolve habilidades e atitudes”. Considerando isso, ela afirma que é preciso praticar a escuta ativa e a comunicação empática dentro de qualquer empresa.
“É preciso estar presente, entender o que o outro está falando e o que ele precisa para melhorar. Comunicação empática é quando você entende os gaps sem julgar, sem fazer comparações”, ressalta. E segundo ela, essa é uma das principais razões para a grande rotatividade nas empresas.
“Normalmente os profissionais não se desligam das suas empresas, eles se desligam dos seus chefes, dos seus líderes”, observa. Palavras, tom de voz e comportamento corporal têm um grande impacto no diálogo com os colaboradores, além disso, outros fatores são indispensáveis para a retenção de talentos, são eles: valorização e reconhecimento, horário flexível, metas e desafios tangíveis, estabilidade, expectativa de crescimento, comunicação transparente, liderança inspiradora e remuneração.
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Para a gestora de carreiras, uma estratégia de retenção bem estruturada é sinônimo de profissionais engajados. “Entender que é o capital humano que leva uma empresa a altos e novos patamares é o que faz a diferença. Uma equipe de alto rendimento, estável e produtiva produz melhores resultados e evita custos desnecessários com rotatividade”, finaliza.
Líder no desenvolvimento de segurança para máquinas industriais e especialista em instalações elétricas para áreas classificadas, a Schmersal passou a participar da pesquisa GPtW (Great Place to Work) em 2011 e desde então está entre as melhores companhias para se trabalhar no Brasil.
E o resultado disso, segundo Hellen Rosa Ferreira, Head de Pessoas & Cultura, Diversidade & Inclusão Latam da Schmersal, é o reflexo da forte cultura da companhia, que preza por um clima organizacional saudável em um ambiente de segurança.
Para Hellen, ao viver os valores da empresa é possível criar ações que representem a companhia. Além disso, um dos principais objetivos da Schmersal é impactar a vida dos colaboradores e dos novos talentos que a companhia está buscando.
“Aqui não controlamos as entradas e saídas, pois entendemos que cada colaborador sabe sua responsabilidade. O objetivo é romper com as amarras que os portões e controles de acesso significam e, dessa forma, ser referência para outras empresas que também desejam cultivar a confiança”.
De acordo com a Head de Pessoas & Cultura, outra ação pensada na qualidade de vida dos colaboradores foi a redução de 30 minutos na jornada de trabalho. Além disso, a empresa atua por meio de uma jornada flexível. “A mudança é pequena, mas é de grande valia para as pessoas. Propomos que cada um gerencie os compromissos da sua vida pessoal e profissional, para que elas sejam harmoniosas e o mais leve possível”, enfatiza.
Com atuação focada no cuidado com as pessoas e no relacionamento humanizado com os colaboradores, a companhia possui diversas iniciativas dentro da empresa. Entre elas, um café com o diretor-presidente e um bate-papo com P&C (Pessoas & Cultura).
"Dessa forma é possível escutar e entender as dificuldades, barreiras e necessidades de nossos colaboradores para que possamos fazer a real diferença”. A gestão é holocrática, segundo Hellen, então, os líderes da empresa atuam como mentores e não centralizadores.
Além disso, a companhia realiza e oferece diversas outras ações como, avaliações de desempenho, plano de desenvolvimento individual, apoio psicológico, aulas de yoga, meditação, ginástica laboral e, em breve, será inaugurada uma academia dentro da empresa, com professor de educação física para os colaboradores.
Outra ação da companhia que merece ser mencionada é a possibilidade dos colaboradores sugerirem propostas de melhorias. “Desde que começamos esse movimento de implementação das melhorias propostas pelos colaboradores já foram registrados mais de 30.000 Kaizens. Melhorias que, muitas vezes, são simples, mas algumas ideias foram implementadas aqui no Brasil e romperam as fronteiras geográficas e hoje são benchmarking para todo o grupo”.
São muitos os projetos e os programas da companhia, no entanto, o Formare é uma das ações de mais destaque. O projeto é uma parceria com a Universidade Federal do Paraná, que contempla 20 adolescentes escolhidos anualmente para participarem da formação profissional.
“Esse programa, que conta inclusive com estágios dentro da nossa área industrial, visa inserir o jovem no mercado de trabalho capacitando-o de forma técnica e prática dentro do mundo corporativo da indústria e tem sido um sucesso muito grande. Já temos, aproximadamente, 200 alunos formados dentro da nossa unidade e quase 50% foram contratados”.
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