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O mercado imobiliário de São Paulo segue aquecido. De acordo com dados publicados pela Pesquisa FipeZAP, a capital paulista tem o 3º metro quadrado mais caro entre todas as capitais brasileiras.
Outros dados que confirmam o aquecimento do mercado imobiliário em São Paulo são a Pesquisa Mensal da SECOVI SP. Pelos números publicados pela organização, observou-se a venda de 103,3 mil unidades ao longo do ano de 2024.
Como referência, em 2023, o total comercializado na cidade de São Paulo chegou a 76,1 mil unidades. Voltando um ano, a diferença fica ainda maior, já que, em 2022, o valor de imóveis comercializados na capital paulista foi de 69,3 mil unidades.
Dado os resultados apresentados pelo mercado imobiliário em São Paulo, especialistas começaram a procurar por justificativas para entender o porquê do sucesso da capital paulista, mesmo que houvesse projeções de que o número de vendas de imóveis cairia ao longo dos próximos anos.
Um dos motivos pelos quais o mercado imobiliário de São Paulo possa ter batido mais um recorde de comercialização de imóveis é o fato de que a Golden Age parece estar ativa na compra de um novo imóvel.
Golden Age é um termo utilizado para se referir a geração que tem entre 35 e 40 anos e está em busca de um imóvel. De acordo com especialistas, essa é a idade na qual os brasileiros procuram um local para formar uma família e buscam uma residência para começá-la.
É também entre os 35 e 40 anos que o brasileiro costuma atingir o seu pico de renda. Portanto, é nesse segmento que as empresas têm focado para tentar vender seus imóveis e continuar alcançando recordes de comercialização.
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Algumas pessoas que fazem parte da Golden Age também procuram um imóvel que não seja nos moldes de antigamente. No passado, um apartamento amplo e com muitos quartos era visto como um objetivo pelo brasileiro. No cenário atual, isso não é verdade.
Alguns nichos do segmento de imóveis de São Paulo buscam um imóvel que não seja amplo e, ao mesmo tempo, ofereça uma estrutura para que a pessoa consiga ter qualidade de vida, acima de tudo.
Esse perfil de busca por um imóvel mais compacto foi rapidamente detectado pelos analistas de vendas do setor de imóveis de São Paulo. Com isso, ainda mais pessoas começaram a encontrar alternativas que cabem no seu bolso.
Junta-se a isso o fato de que existe uma alta demanda por aluguel de apartamentos mensais em São Paulo, o que fomenta ainda mais um setor que não parece dar sinais de desaquecimento.
Não foi só o número de vendas de imóveis que cresceu em São Paulo ao longo dos últimos anos. Outro índice do mercado imobiliário da capital paulista que também registrou valores elevados foi o preço de compra de um imóvel.
O crescimento do preço de venda dos imóveis em São Paulo registrou queda vertiginosa de 2014 para 2015, saindo de 7,33% para 2,51%, de acordo com dados publicados pela FipeZAP. O mercado imobiliário da capital paulista voltou a passar por outra queda no crescimento do preço entre 2015 e 2016.
Entretanto, desde 2016, o valor de preço de venda dos imóveis de São Paulo só aumentou. Em 2022, por exemplo, o crescimento foi de 5,06%. Para alguns analistas, esse aumento poderia representar uma queda no número de vendas. Mas não foi esse o observado.
O que os empresários que atuam no ramo imobiliário de São Paulo perceberam foi que o valor dos imóveis para venda voltou a subir novamente em 2024, após um crescimento menor no ano de 2023.
O ano de 2024 foi quando o preço de venda dos imóveis em São Paulo atingiu o seu maior patamar em 10 anos. O percentual observado pela pesquisa FipeZAP foi de 6,56%, um montante que não afugentou os compradores.
O preço do m² em São Paulo ficou atrás apenas das capitais Vitória e Florianópolis, em um ranking que só envolve capitais brasileiras. No caso da capital paulista, o valor alcançou R$ 11.374 o metro quadrado.
Para os analistas, o que explica isso é um mercado mais aquecido e com incentivos para que as empresas possam vender imóveis. Fora o fato de que o Brasil segue com uma taxa de desemprego baixa, o que significa mais empregos e mais renda entre os brasileiros.
A tendência é de que o mercado de imóveis em São Paulo continue crescendo, mas não na mesma magnitude que foi observada ao longo dos últimos anos. Para as próximas liberações de dados, a média de crescimento esperada é de aproximadamente 5%.
As empresas que atuam na venda de imóveis na cidade de São Paulo já trabalham com novas estratégias para tentar alcançar as metas estabelecidas em seus negócios. A ideia é oferecer prazos especiais e ofertas com preços diferenciados para clientes qualificados.
Toda a flexibilidade na hora do pagamento é bem vista pelo comprador. Afinal, sabe-se que existe um cenário de incerteza econômica que paira no ambiente brasileiro e isso pode causar uma apreensão na hora de fechar negócio.
Empresários do ramo imobiliário de São Paulo sabem do desafio que é manter o mercado em crescimento. Entretanto, os indicadores não parecem mostrar nenhum sinal de que haverá queda ao longo dos próximos anos.
Pode-se esperar que haja um grande investimento em inovação para manter o mercado de São Paulo aquecido. Aliado às medidas inovadoras, as empresas devem investir em abordagens de vendas que sejam mais flexíveis e, ao mesmo tempo, consigam trazer para os clientes o que eles realmente procuram.
Toda a combinação da Golden Age com um mercado repleto de estratégias voltadas para vendas fazem com que São Paulo continue sendo um foco por parte de quem procura bons negócios e também um local para morar. Por ser a cidade que gera o maior percentual do PIB nacional, é muito provável que seu mercado continue aquecido por muitos anos ainda.
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