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Desde o anúncio da pandemia muita gente se mobilizou para ajudar a amenizar os efeitos da falta de equipamentos para atender os doentes.
O risco de faltarem respiradores para os pacientes mais graves e equipamentos individuais de proteção para os profissionais de saúde se tornaram as principais preocupações das autoridades de saúde do mundo inteiro.
Pesquisadores, universidades e pessoas que até então usavam impressoras 3D para o lazer se uniram para ajudar na busca de alternativas para a fabricação de equipamentos que garantissem a segurança de médicos e enfermeiros.
E foi inspirado nessa corrente do bem que um grupo de empresários do setor de ferramentaria decidiu usar a estrutura das fábricas nesse esforço de guerra.
Segundo Alexandre Mori, diretor comercial da USIFER, de Vinhedo – SP, e associado da ABINFER, os efeitos devastadores da pandemia na Itália, provocada pela falta de aparelhos respiradores, sensibilizou um grupo de empresários ligados à entidade.
“Nossa ideia inicial era a de fabricar respiradores, porém, estudando melhor a viabilidade dessa empreitada, a gente constatou que seriam necessários pelo menos 6 meses para conseguir fazer os testes e validações desses equipamentos, o que acabou inviabilizando a proposta. E esse era um tempo que nós não tínhamos para esperar”, afirma Alexandre.
Determinados, esses empresários decidiram buscar outras formas de contribuir. Eles concluíram que a forma mais rápida e eficiente para tratar o problema era abrir várias frentes de trabalho para aproveitar a estrutura das fábricas nos esforços de guerra contra os efeitos do covid-19.
O grupo constatou que haviam quase 4 mil respiradores parados por apresentarem defeitos ou por falta de peças. Ficou decidido então, que uma parte do grupo trabalharia auxiliando com a empresa SLS Hospitalar, de Joinville, em Santa Catarina, a fazer a manutenção e recuperação dos respiradores já existentes, inclusive fabricando as peças que não estivessem disponíveis no mercado.
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A ameaça da falta de protetores faciais, os chamados face shields, indispensáveis para o trabalho das equipes de saúde, se tornou uma das prioridades de outra parte do grupo.
Habituados aos desafios de atender demandas da indústria de bens de consumo, os empresários do setor de ferramental resolveram se unir e construir moldes para a injeção de componentes dos face shields.
O primeiro desafio: construir 12 moldes para atender 100% da demanda por esses equipamentos de proteção em todo o País.
Graças ao empenho de engenheiros, projetistas e de operários especializados foi possível encurtar o tempo de fabricação dos moldes, que normalmente consome entre 30 e 40 dias, para apenas 6 dias!
Empresas fornecedoras de insumos para a fabricação dos moldes, como o aço e outros componentes, decidiram aderir aos esforços do grupo doando o material necessário.
O resultado foi surpreendente, pois além do tempo recorde, foram concluídos 17 moldes capazes de injetar mais de 8 mil protetores por hora.
Com as questões da produção da estrutura das máscaras e da montagem que será feita por várias empresas, já resolvidas o desafio agora é conseguir a doação do material para a fabricação das viseiras.
“Para cumprir essa etapa do nosso desafio, agora precisamos da doação de placas de acetato ou de PET G para a montagem dos face shields. Além disso, buscamos empresas que façam o corte dessas peças da viseira”, pede Alexandre Mori.
“O momento é grave e essas doações farão toda a diferença”, finaliza o empresário.
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