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Cidades inovadoras são as que discutem seus problemas e buscam soluções integradas com os diversos setores da sociedade. A mobilidade urbana é um dos grandes desafios das grandes cidades e o tema tem ganhando cada vez mais importância, tendo em vista que o tempo gasto com deslocamento e o modo como ele é feito interfere diretamente na qualidade de vida das pessoas.
Representantes das empresas do segmento de transporte, por iniciativa do Google, se reuniram no mês de agosto para trabalhar de forma integrada e pensar em soluções de forma conjunta e sustentável para a evolução dos grandes centros urbanos. Além da Autopass, que gerencia o Cartão BOM na Grande São Paulo, empresas de aluguel de carros, aplicativos de serviços, montadoras, além de membros de empresas que fazem o transporte público e especialistas em trilhos estão focados em torno do tema e buscam somar esforços para criar soluções mais eficientes e organizadas que melhorem o deslocamento nas cidades.
“O envolvimento de todos os setores da cadeia que envolvem a mobilidade é um passo importantíssimo para o surgimento de novos projetos que vão gerar crescimento sustentável para as cidades e qualidade de vida para seus moradores. Tudo isso levando em consideração o tempo de deslocamento e como esse tempo pode ser melhor aproveitado pelos usuários”, destaca Othavio Parisi, superintendente da área Institucional e de Expansão da Autopass.
A proposta não é só melhorar o trânsito, mas também tornar o trajeto mais eficaz, criando oportunidades para que as pessoas possam aproveitar este tempo de forma mais produtiva. Uma pesquisa realizada em conjunto pela Universidade de Brasília, universidades Federais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, além da Oxford Brookes University, da Inglaterra, aponta que a mobilidade urbana precária afeta negativamente a qualidade de vida e o bem-estar e que são necessárias medidas para permitir aos cidadãos uma mobilidade urbana saudável.
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Com mais de 80% da população brasileira vivendo nas grandes cidades é fácil de entender como o adensamento gera uma série de desafios. O crescimento de forma acelerada e desordenada gerou problemas de infraestrutura que requerem investimentos pesados como é o caso do transporte público. “Mas esse desafio não é só do setor público. A iniciativa privada, por meio dos vários setores envolvidos, precisa tomar a dianteira e buscar soluções para inovar e atender às demandas existentes”, observa.
De acordo com o levantamento, é necessário reduzir o tempo de deslocamentos pelas cidades e ampliar e integrar as opções de deslocamento, a exemplo do que vem sendo feito com as bicicletas e patinetes. A pesquisa ressalta que o padrão de mobilidade urbana influencia na qualidade de vida e na saúde física e mental e que investimento em infraestrutura urbana e novos modais diminui o custo de tratamento de saúde, pois diminui o risco de doenças associadas ao estilo de vida como obesidade e diabetes.
Para o executivo da Autopass, embora o desafio seja grande, as empresas do setor estão no caminho certo e envolvidas na busca por soluções. “Iniciativas como as que temos visto na Grande São Paulo, como a integração dos diversos modais (ônibus, metrô, trem, bicicletas e patinetes), o uso de aplicativos como o VouD, que fornece informações em tempo real, além do sistema de bilhetagem do Cartão BOM gerenciado pela Autopass, têm produzido importantes avanços e gerado dados para entender o comportamento dos usuários. O que precisamos agora é ampliar a discussão e avançar com o desenvolvimento e a adoção de novos serviços”, completa.
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