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Dados preliminares da Bosch divulgados na quarta-feira, 30, indicam que a empresa conseguiu repetir em 2018 o faturamento de € 77,9 bilhões, o mesmo resultado obtido no ano anterior, de € 78 bilhões e recorde para a empresa. Em comunicado, a empresa aponta que os resultados de vendas foram duramente atingidos pelos efeitos cambiais, com algo em torno de € 2,1 bilhões e que ajustada pelos efeitos da taxa de câmbio, a receita subiu 4,3%.
Em 2018, o Ebit (lucro antes de impostos e despesas financeiras/fiscais) atingiu € 5,3 bilhões, o que ainda de acordo com a Bosch, deve gerar uma margem Ebit de 6,9%.
A composição da receita se deu da seguinte forma: foram faturados € 47 bilhões pela divisão de soluções para mobilidade; € 17,8 bilhões pela área de produtos residenciais e consumidores; € 7,4 bilhões em tecnologia industrial e € 5,5 bilhões pela divisão de energia.
“A Bosch pretende se desenvolver melhor do que seus mercados e garantir seu alto nível de lucro, apesar das difíceis condições econômicas esperadas”, comentou o vice-presidente do conselho de administração e diretor financeiro, Stefan Asenkerschbaumer. “Planejamos tornar todos os nossos setores de negócios ainda mais competitivos para que possamos financiar a expansão de nossa liderança em tecnologia e, com ela, do futuro de nossa empresa.”
Na Europa, as vendas subiram 2,1% (ou 3,7% após ajustes cambiais), para € 41 bilhões, impulsionadas pelo mercado alemão e austríaco. Na América do Norte, graças ao desempenho positivo da indústria no setor automotivo, a empresa faturou € 12,3 bilhões, com aumento de 7,9% já aplicados os ajustes pelos efeitos da taxa de câmbio.
Já na América do Sul, em 2018 as vendas ficaram 7,8% abaixo do ano anterior, ao reportar € 1,4 bilhão. O principal fator determinante para o resultado foram os efeitos cambiais extremamente negativos sofridos nos principais mercados da região, o Brasil e a Argentina. Apesar disso, ajustando os efeitos cambiais, há um aumento de 8,9%.
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Para a região Ásia-Pacífico e na África, o faturamento aumentou 0,4%, para € 23,2 bilhões e com ajustes, esse aumento vai a 3,1%. A região agora representa pouco menos de 30% das vendas totais.
“Apesar do ambiente economicamente rigoroso, a Bosch teve um bom desempenho em 2018. As vendas e o resultado estão novamente em um nível recorde”, disse o presidente do conselho de administração da Robert Bosch, Volkmar Denner, durante a coletiva de imprensa na Alemanha sobre números preliminares. “Como líder de inovação, queremos moldar a mudança em nossos mercados, tanto no sentido tecnológico como no empresarial. Nosso foco estratégico em conectividade está valendo a pena”, acrescentou Denner.
Na área de automação, a Bosch vem focando arte de seus esforços nesta frente e espera gerar vendas de € 2 bilhões este ano com sistemas relacionados à assistência ao motorista. Em um segundo momento, a empresa vislumbra para o início da próxima década o uso dos níveis 4 e 5 de condução autônoma. “A condução sem motorista será um fator de mudança para a mobilidade individual, que abrirá as portas para modelos de negócios disruptivos, como a robótica. Somente no período até 2022, esperamos que nossos investimentos iniciais totalizem € 4 bilhões.”
Segundo a Bosch, 4 mil já estão trabalhando nos projetos relacionados a direção autônoma em todo o mundo.
Além disso, o presidente do conselho destacou os projetos em andamento para a eletromobilidade. Ele lembrou que em 2018, a Bosch adquiriu 30 projetos relacionados à área. Até 2025, a empresa pretende aumentar em dez vezes as suas vendas com a eletromobilidade, para um total de € 5 bilhões. “Nosso objetivo é liderar o mercado de massa para eletromobilidade”, disse Denner.
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