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Resultado do acumulado deste ano é 5% maior que o registrado no mesmo período de 2017
As vendas industriais de agosto tiveram aumento de 6% em relação a julho. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o índice cresceu mais de 5%, se comparado a igual período de 2017. O avanço no mês é resultado do desempenho positivo em 13 dos 18 gêneros pesquisados, sendo que dois deles estão entre os três setores mais relevantes da indústria paranaense.
Em agosto, o segmento de veículos automotores teve alta de 23% em função do aumento de vendas no mercado interno. Alimentos e bebidas tiveram leve elevação (1,7%). Já o setor de refino de petróleo e produção de álcool teve pequena baixa (-0,13%). Outros gêneros que apresentaram os maiores avanços em agosto foram edição e impressão (41%); máquinas e equipamentos (24%).
As maiores quedas do mês foram em vestuário (-9%); borracha e plásticos (-5%); e madeira (-2%). O resultado acumulado até agosto de 2018 em relação ao mesmo período de 2017 mostra 10 gêneros positivos e oito negativos. Os que apresentaram maiores aumentos no ano são couros e calçados (100%), veículos automotores (10%) e máquinas e equipamentos (9%). Os gêneros que mais preocupam e quem vêm acumulando quedas seguidas este ano são borracha e plásticos’ (-21%), madeira (-16%) e material eletrônico e de comunicações (-10%).
“As vendas acumuladas registram recuperação em relação ao ano passado nos primeiros oito meses. Porém, o índice vinha sendo mais acentuado até abril, quando chegou a quase 8% de alta. A paralisação dos caminhoneiros reduziu o ritmo de crescimento em maio e até agora não houve retomada no mesmo nível. O resultado do ano se deve especialmente ao desempenho do setor no primeiro semestre. Estima-se que após o período eleitoral, o industrial terá mais condições para planejar os investimentos e a produção para o próximo ano”, justifica o economista da Fiep, Evânio Felippe.
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Insumos
A compra de insumos aumentou 6% em agosto, na comparação com julho, acompanhando a alta nas vendas, como tradicionalmente ocorre a partir de agosto até o fim do ano. No acumulado de janeiro a agosto, a alta é de 9% em relação a janeiro a agosto do ano passado. Ao se observar a origem das compras no mês, as realizadas no Paraná cresceram 0,6%, as de outros estados do país (3%) e as importações (28%). Comparando o acumulado deste ano com o de 2017, a compra de insumos para a indústria cresceu quase 2% no Paraná, 9,5% em outros estados e quase 28% no exterior.
”Este é um índice que preocupa porque aponta uma dependência cada vez maior de matéria-prima importada, que é mais cara e onde incidem impostos e taxas mais altas, em detrimento da interna, que seria uma alternativa mais barata, contribuindo para aumento da competitividade dos produtos industriais do Paraná”, comenta o economista.
Empregos
Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), em agosto, houve criação de 981 novas vagas na indústria de transformação do Paraná. “O aumento dos empregos em agosto é importante porque reverte uma tendência negativa dos três meses anteriores, de fechamento de postos de trabalho. Entre maio e julho, houve fechamento de 3.860 vagas na indústria“, explica.
Em relação aos empregos gerados na indústria do Paraná ao longo do ano, de janeiro a agosto, em relação a igual período de 2017, houve uma queda de 33% no ritmo de abertura de vagas. Este ano, foram criadas mais de 9.100 contra 13.700 do ano passado. “Apesar do saldo percentual deste ano ser positivo, ele é inferior ao resultado acumulado de 2017. Estes números já estiveram acima da média em alguns períodos, mas agora aparecem menores”, compara o economista.
Produção industrial
De acordo com informações divulgadas pelo IBGE, no acumulado deste ano (janeiro a agosto), houve crescimento de 2,5% na produção industrial do Paraná, taxa de crescimento igual ao da indústria nacional. No estado, a produção de veículos cresceu quase 20%; petróleo, 9 %; máquinas e aparelhos elétricos, 8%; e madeira, 7%. “Observamos que a produção industrial por atividade econômica é semelhante aos resultados das vendas industriais nos principais segmentos do estado, com exceção de couros. Os segmentos que mais venderam no mês foram os que mais produziram”, analisa Felippe.
O IBGE divulgou que o setor de veículos, por exemplo, teve aumento da produção de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, automóveis, motores para veículos e peças automotivas no período, de acordo com os números. E também houve aumento na produção de óleo diesel, álcool etílico, GLP e asfalto de petróleo. A única queda no segmento foi na produção de querosene para aviação.
Os destaques negativos da produção industrial são produtos alimentícios (-7%), máquinas e equipamentos (-6%); produtos de metal (-4%) e borracha e plástico (-1%). A queda no setor de alimentos ocorreu na produção de carnes e miudezas de aves congeladas, rações para animais, açúcar cristal e chá mate beneficiado. Houve aumento só em resíduos da extração de soja. “A operação “Carne Fraca” e a greve dos caminhoneiros tiveram forte impacto na atividade produtiva de alimentos. Já a queda na produção de máquinas e equipamentos foi influenciada pela redução na produção de colheitadeiras e tratores agrícolas”, conclui Felippe.
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