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Superlubricidade
Em 2015, uma equipe do Laboratório Nacional Argonne, nos EUA, criou um material lubrificante com um atrito próximo de zero.
Eles se aproximaram da chamada "superlubricidade" - uma fricção quase zero - em escala macro usando uma mistura de grafeno e cristais microscópicos de diamante industrial.
Agora, ao substituir o grafeno por molibdenita em seu material lubrificante, a equipe percebeu que esse dissulfeto de molibdênio causa uma reação que transforma os nanodiamantes em uma estrutura parecida com a de uma cebola.
O resultado não poderia ser melhor para o efeito lubrificante porque as camadas tipo cebola escorregam umas sobre as outras, aumentando ainda mais a superlubricidade.
A molibdenita tem estado à frente do grafeno nas aplicações eletrônicas, mas parece que ela se dá bem também em outras áreas.
Lubrificante que se renova
O que ocorre é uma reação triboquímica - uma reação química induzida pelas forças do atrito - na qual o dissulfeto de molibdênio se quebra em enxofre e molibdênio, que reagem com os nanodiamantes, quebrando sua estrutura cristalina típica, o que resulta em folhas unidimensionais de carbono, mas com uma estrutura em camadas esféricas, e não planas como o grafite.
Isso significa que o material é um lubrificante auto-gerável - que se reajusta continuamente - o que faz com que ele dure mais do que os lubrificantes secos tradicionais.
O produto final é um lubrificante híbrido seco de alta resistência que poderá ser usado em turbinas eólicas, nos mecanismos dos discos rígidos de computador e virtualmente em qualquer rolamento selado usado em equipamentos que devem funcionar continuamente sem manutenção.
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