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Nos últimos quatro anos a indústria discute a viabilidade e as tecnologias que têm mudado a forma de se pensar em novos produtos, bem como em toda cadeia produtiva. Cada vez mais atentos às necessidades exclusivas dos clientes e em busca de soluções completas que garantam produtividade e qualidade, o empresário quer aprender mais sobre essa onda tecnológica. Como fazer? Estamos preparados? A realidade da indústria brasileira permite tal avanço iniciado na Alemanha e nos Estados Unidos? Preciso ser uma grande empresa para dar um passo à Manufatura Avançada? Como ficará o mercado de trabalho a partir de agora? As perguntas são inúmeras, tanto quanto as respostas, por vezes até divergentes. Entretanto, fato é que há uma grande escassez de mão de obra qualificada no Brasil para atender essa crescente e inevitável transformação.
As mudanças são gradativas e a indústria já tem investido nas tecnologias características da Indústria 4.0, tais quais: robôs inteligentes; manufatura aditiva e híbrida; simulação virtual; integração horizontal e vertical dos sistemas; Internet das Coisas; big data; Cloud Computing; segurança cibernética; e realidade aumentada. O mercado se prepara para atender a demanda, cada vez mais exigente do consumidor, bem como da sua própria dinâmica competitiva. Por outro lado, a tecnologia também exige profissionais capacitados para guia-la.
Segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC), realizada há quatro anos, a área com maior dificuldade de contratação é a de produção/chão de fábrica. No intuito de preparar robotistas para a demanda da Indústria 4.0 que o Instituto Avançado de Robótica (I.A.R.) lançou neste mês a pós-graduação lato senso (especialização) em Engenharia Robótica. Com vasta experiência como robotista, no Brasil e no exterior, Rogério Vitalli, diretor executivo de tecnologia do I.A.R., acredita na capacitação local. Vitalli teve parte de sua especialização realizada no exterior e diz que os poucos profissionais brasileiros capacitados na área tinham por tendência atuar no exterior.
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“Existe muita propaganda para construir ou montar seu robô. Fora do Brasil já existe o curso e, foi estudando esse novíssimo curso junto com a minha própria experiência, que resolvi escrever as competências que o especialista em engenharia robótica precisa ter”, diz. A disseminação da Indústria 4.0 no Brasil, entretanto, tem aumentado as perspectivas de trabalho por aqui. Vitalli lembra que os alunos já treinados por ele, na unidade móvel do I.A.R, saem empregados do curso. O setor automotivo é o que mais tem contratado esses profissionais, segundo o diretor. O Instituto já formou 142 peritos em robótica.
Embora já tenha sido oficializado, o curso ainda aguarda a capacitação de professores. Vitalli estima que em seis meses deva ser aberta a primeira turma. Serão 40 horas/aula por nível, em um total de cinco níveis para a conclusão do mesmo. “O que torna o modelo de pós do I.A.R. um diferencial inédito é que durante todas as disciplinas usaremos softwares de última geração da Siemens PLM de alto valor agregado”, ressalta. Outro destaque, de acordo o executivo, será na produção dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), que serão realizados a partir de problemas reais extraídos da indústria. “A nossa pós será 70% prática e contará com a unidade móvel do I.A.R. e profissionais altamente reconhecidos pelo mercado de trabalho em função de seus projetos e ampla experiência”, completa.
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