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O dólar recuava nesta quinta-feira (20), movimento que tem predominado nas últimas sessões, e já testava o patamar de R$ 3,13, próximo do nível em que estava antes da crise política, no começo de maio. A moeda operava em sintonia com o cenário externo e favorecida por perspectivas de ingresso de recursos no Brasil, segundo a Reuters.
Às 13h50, o dólar recuava 0,43%, a R$ 3,1355 na venda, depois de bater R$ 3,1318 na mínima do dia, de acordo com a Reuters.
"Sem noticiário político, o mercado está especulativo e ir a R$ 3,10 não é difícil", afirmou à Reuters o diretor da mesa de câmbio da corretora MultiMoney, Durval Correa.
Julho tem sido marcado por volume mais enxuto de negócios, em razão das férias no Hemisfério Norte, o que faz com que menor número de operações ditem o rumo do mercado. O menor fluxo, esperam os investores, deve ser marcado por entrada de recursos externos após diversas aberturas de capital de empresas brasileiras no período, que contribuíam para o recuo do dólar ante o real.
Nesta semana, a abertura de capital do Carrefour movimentou R$ 5,1 bilhões e, no dia seguinte, acontece a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da Biotoscana. Ainda estão na lista a empresa de tecnologia Tivit Terceirização de Processos, a operadora de planos de saúde Notre Dame, a resseguradora IRB Brasil e a geradora de energia Ômega.
Além disso, na véspera, a empresa de serviços de logística JSL lançou captação de US$ 325 milhões em bônus com vencimento em sete anos.
"Há ainda o investidor que vem aproveitar a Selic, que ainda é bastante elevada", acrescentou Correa ao lembrar que a taxa básica de juros está em 10,25% ao ano. As apostas majoritárias são de que o Banco Central a corte em 1 ponto percentual na próxima semana.
O noticiário político mais calmo, com o recesso parlamentar, também favorecia a tranquilidade no mercado cambial.
O dólar cedia ante uma cesta de moedas e também divisas de países emergentes como os pesos chileno e mexicano.
O euro caminhava para a máxima em 14 meses contra o dólar após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, dizer que os membros da instituição poderiam discutir as mudanças no plano de compra de bônus no outono.
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Como esperado, tanto o BCE quanto o Banco do Japão mantiveram suas políticas monetárias.
O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais - equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Com isso, já rolou US$ 3,735 bilhões do total de US$ 6,181 bilhões que vence no mês que vem.
Na véspera, o dólar caiu a R$ 3,1493, acumulando perda de quase 5% em julho.
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