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O dólar operava em queda de mais de 1 por cento ante o real nesta segunda-feira, de volta ao patamar de 3,10 reais, com atuação do Banco Central no mercado e esforços do governo para manter o cronograma de votação da reforma da Previdência no Congresso Nacional.
Às 11:59, o dólar recuava 1,35 por cento, a 3,1041 reais na venda, depois já ter batido 3,0992 reais na mínima do dia. O dólar futuro tinha baixa de 1,20 por cento.
"(O anúncio do swap) indica ser uma precaução do BC ao cenário geopolítico, assim como pontual cautela ao cenário político nacional em tempos de delações da Odebrecht", comentou a corretora H.Commcor em relatório a clientes.
Após do fechamento do pregão passado, o BC sinalizou que pretende rolar integralmente os 6,389 bilhões de dólares que vencem em maio em swaps cambiais tradicionais - equivalentes à venda futura de dólares.
No primeiro leilão, nesta segunda-feira, foram vendidos todos os 16 mil contratos ofertados, equivalente a 800 milhões de dólares, reduzindo a 5,589 bilhões de dólares o estoque de maio.
A última vez que o BC rolou integralmente swaps tradicionais foi os com vencimento de fevereiro. Hoje, o estoque de swaps está em pouco menos de 18 bilhões de dólares.
"O BC... já se antecipou. Essa semana vai ser crucial, o governo vai mostrar se conseguiu agregar sua base, se ela tem alguma força", comentou a diretora de câmbio da corretora AGK, Miriam Tavares.
A cena política ficou mais sensível após a abertura de uma série de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo diversos ministros do presidente Michel Temer e importantes políticos da base aliada no âmbito da Lava Jato, com delações de executivos da Odebrecht. Com isso, o governo tem se esforçado para garantir a aprovação da reforma da Previdência nos próximos meses, mesmo que abrindo mão de pontos da proposta original.
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Na noite passada, Temer pediu a parlamentares aliados e ministros que atuem para manter o cronograma de votação da reforma no Congresso. Na terça-feira, o relator da matéria, deputado Arthur Maia (PPS-BA), apresenta seu parecer em comissão especial da Câmara.
"Em tempos de delações e Lava Jato, o plano de fuga do Planalto é avançar com as reformas. Temer tenta mostrar que as atividades não estão paralisadas", informou a corretora Guide em relatório.
No exterior, o dólar operava em queda neste início de semana, contribuindo para a trajetória doméstica, após dados de inflação norte-americanos no final da semana passada terem enfraquecido ainda mais apostas de mais aumentos de juros nos Estados Unidos além dos dois já precificados pelo mercado para o restante do ano.
O dólar caía ante uma cesta de moedas, com tensões crescentes com a Coreia do Norte, e divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.
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