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As vendas de aço plano pela rede de distribuição, de 215,5 mil toneladas, em fevereiro de 2017, marcaram a pior performance da série histórica do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Esse volume representou queda de 9,8% em relação a janeiro e recuo de 11,3% ante o mesmo mês de 2016.
“Os distribuidores estão com dificuldade de repassar os aumentos de preços e está havendo no mercado uma queda de braço”, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro.
No primeiro bimestre do ano a queda de vendas chega a 6,2%, para 454,4 mil toneladas. Para o ano a entidade projeta alta de 5% das vendas em relação ao observado em 2016.
Além das vendas terem decepcionado, os estoques em fevereiro também registraram o pior volume para um mês de fevereiro. “Nunca o estoque foi tão alto e isso está nos preocupando”, disse.
Compras
As compras da rede de distribuição caíram 1,2% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, para 222,2 mil toneladas, de acordo com dados do Inda. Em relação a janeiro a retração foi de 11,1%.
Com esse desempenho, os estoques da rede caíram 0,7% em relação ao mês imediatamente anterior, para 918,3 mil toneladas. O giro dos estoques, no entanto, subiu para 4,3 meses.
Para março a projeção do Inda é que tanto as vendas quanto as compras da rede de distribuição cresçam 25% em relação a fevereiro.
Bobinas
O prêmio da bobina a quente, que é a diferença entre o aço importado em relação ao nacional, está hoje entre 15% e 16%, considerando uma taxa de câmbio em R$ 3,10. Já na bobina a frio o prêmio chega a 25%, disse Loureiro.
As importações fecharam fevereiro com alta de 144,3% na relação anual para 59,4 mil toneladas. Ante janeiro, contudo, houve queda de 52,4%. As importações se concentraram em zincados.
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Segundo Loureiro, a expectativa é que uma combinação de real valorizado e aumento de preços no Brasil provoque um aumento das importações de aço plano neste ano pelo Brasil.
Firmes no preço
Até o momento as siderúrgicas brasileiras estão firmes com suas tabelas de preços, apesar o aumento do prêmio do aço. “Se o prêmio crescer mais e provocar mais importações, as usinas terão que repensar em preços”, destacou Loureiro.
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