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A Nissan e a Mitsubishi anunciaram nesta quinta-feira (12) um novo acordo estratégico no qual a Nissan vai comprar 34% das ações da Mitsubishi em uma transação no valor equivalente a US$ 2,2 bilhões previsto para ser assinado até o fim deste mês. A nova aliança irá estender uma parceria já existente entre as duas montadoras japonesas há cinco anos.
Pelo novo acordo, as empresas acertaram em cooperar de forma conjunta em áreas como compras, plataformas de veículos, compartilhamento de tecnologias, utilização conjunta de fábricas, incluindo ações em mercados em crescimento. Entretanto, a transação ainda está sujeita à assinatura do acordo definitivo, o que deve ser feito até o fim deste mês, além de ser submetida às aprovações regulatórias. As empresas preveem que o acordo deva ser concluído até o fim deste ano.
Neste contexto, a Nissan poderá nomear até quatro diretores para o conselho da Mitsubishi, incluindo para o cargo de presidente do conselho da nova controlada. As empresas informam que estas condições não serão válidas caso o acordo não seja concluído em até um ano.
“Esta é uma transação inovadora em que ambas as empresas ganham. Cria uma nova força dinâmica na indústria automotiva que irá cooperar intensivamente e gerar sinergias consideráveis. Seremos o maior acionista da Mitsubishi, respeitando a sua marca, a sua história e aumentando as suas perspectivas de crescimento. Iremos apoiar a Mitsubishi a enfrentar os seus desafios e recebê-los como o membro mais recente da nossa família alargada com esta aliança”, declarou o CEO e presidente global da Nissan, Carlos Ghosn, durante o anúncio do acordo à imprensa feito no Japão juntamente com o CEO e presidente da Mitsubishi, Osamu Masuko.
Ghosn acrescentou que o papel da Nissan será o de preservar e nutrir a marca Mitsubishi e que o acordo foi possível graças à abertura e honestidade da parceira quando à escala de seus problemas. Por sua vez, Masuko disse que sua empresa precisava de ajuda e que uma parceria mais profunda com a Nissan é uma via importante para restabelecer a confiança da marca: “Tivemos que fazer algo bastante ousado. Não é uma tarefa fácil restaurar a confiança”, declarou.
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“Na sua história de parcerias bem-sucedidas, a Nissan desenvolveu um conhecimento profundo de maximização de benefícios por meio de parcerias de aliança. Este acordo irá criar valor acrescentado para as duas empresas progredirem em direção ao futuro. Iremos nos beneficiar no longo prazo ao aprofundar a nossa parceria estratégica, incluindo partilhar recursos no desenvolvimento, assim como compras conjuntas”, disse Masuko.
Para a Nissan, os ganhos também estão na estratégia de mercado mundial, principalmente na Ásia, onde a Mitsubishi goza de uma rede sólida de distribuição, entre outras vantagens.
“Por que gastar duas vezes? Um desenvolvimento pode ser feito e compartilhado”, disse Ghosn, enfatizando que as duas empresas podem também compartilhar seus desenvolvimentos nas áreas das picapes, carros elétricos e veículos autônomos.
No Grupo Mitsubishi, a Mitsubishi Heavy (divisão industrial) tem a maior participação, com 20% das ações, seguida pela Mitsubishi Corp. (divisão comercial), que detém 10%, enquanto o Banco de Tóquio Mitsubishi-UFJ (divisão financeira) tem 3,9%. Juntos, eles detêm um total de 34% da Mitsubishi Motors.
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